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PNAD Contínua IBGE: serviço público tem a melhor média salarial do MS; serviço doméstico a pior Enquanto servidores públicos e trabalhadores da saúde e educação têm renda média de de R$ 4,6 mil; no serviço doméstico rendimento não passa de 1 salário mínimo 15 AGO 2023 • POR Eduardo Miranda • 16h15
Parque dos Poderes, local onde há grande concentração de servidores públicos, e de alta renda   Divulgação

A administração pública é o setor com a melhor média de renda salarial de Mato Grosso do Sul, indica a  indica a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) contínua, divulgada nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o levantamento do IBGE, o salário médio dos empregaos da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, foi de R$ 4.636,00 no trimestre. 

A pior renda média mensal, inferior até mesmo que o salário mínimo (que é de R$ 1,34 mil) é dos trabalhadores no serviço doméstico: R$ 1.205,00 conforme a PNAD contínua.

A segunda maior faixa de renda entre os setores em Mato Grosso do Sul é do setor de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Neste setor a renda média mensal foi de R$ 3.659,00. 

O comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas é o setor que têm a terceira melhor renda: R$ 3.052,00, seguido de transporte, armazenagem e correio (R$ 2.910,00) e da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 2.880,00). 

Na sequência aparecem indústria geral (R$ 2.739,00), construção (R$ 2.729,00), alojamento e alimentação (R$ 2.096,00) e outros serviços (R$ 1.979,00).

Sexta maior renda média do País

O rendimento habitual de todos os trabalhos em Mato Grosso do Sul atingiu o sexto maior rendimento médio do Brasil, indica a PNAD contínua. 

A renda média do trabalhador sul-mato-grossense chegou a R$ 3.184,00, número que é considerável estável em relação ao trimestre anterior, que foi um pouco maior: R$ 3.215,00.

Para se chegar a esta média, porém, ainda há muito desequilíbrio entre a origem dos rendimentos por setores.

O setor com maior rendimento em Mato Grosso do Sul entre a população ocupada é o dos empregadores, cuja renda média mensal é de R$ 7.169,00, enquanto o segmento dos trabalhadores domésticos, com um rendimento médio de R$ 1.216,00, quantia menor do que o salário mínimo, que é de R$ 1.320,00.

O segundo setor da cadeia de trabalho com maior rendimento é o dos empregados no setor público, que conta com militares e servidores públicos estatutários, cuja renda foi de R$ 5.265,00.

Empregados no setor privado (exceto trabalhadores domésticos), com carteira de trabalho assinada, têm renda média de R$ 2.768,00; e empregados no setor privado na mesma situação, mas sem carteira de trabalho assinada, têm renda média de R$ 2.181,00. Entre eles temos os trabalhadores formais por conta própria, categoria que engloba o crescente número de microempreendedores individuais, os MEIs. Nesta categoria a renda média é de R$ 2.545,00. 

População ocupada

Mato Grosso do Sul, no 2º trimestre de 2023, tinha 2,24 milhões de pessoas em idade de trabalhar. Destas, 1,5 milhão estavam na força de trabalho, sendo que 1,4 milhão estavam ocupadas e 62 mil desocupadas. O nível da ocupação foi estimado em 64,9%, representando um aumento de 1,9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período do ano passado.

Entretanto, em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve estabilidade de 0,4 p.p..

A taxa de desocupação em MS no 2º trimestre de 2023 foi estimada em 4,1%. Esse valor representa uma variação de -1,0 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado. Com este resultado, Mato Grosso do Sul continua a ter a 4ª menor taxa de desocupação do país, atrás somente de Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%) e Santa Catarina (3,5%).

O maior valor foi verificado em Pernambuco (14,2%). No Brasil, a taxa de desocupação no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, caindo 0,8 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%).

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