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Gastronomia Festival Internacional da Carne MS terá 35 chefs regionais e 47 estações Evento que inicia amanhã na Capital, no Parque de Exposições, terá 35 chefs regionais e 47 estações voltadas aos assados 14 SET 2023 • POR Laura Brasil • 10h00
Várias formas de se assar carne, como no fogo de chão, estarão presentes no decorrer do festival   VACA AZUL

O 1º Festival Internacional da Carne MS promete impressionar os amantes do churrasco. Serão cortes e os mais diversos tipos de assados preparados pelas mãos de chefs regionais e de outros estados. 

A programação de três dias para os amantes da carne - 15, 16, e o encerramento no domingo (17), ocorre no Parque de Exposições Laucídio Coelho (Rua Américo Carlos da Costa, nº 320, Vila Carvalho), o evento vai oferecer, além do preço acessível, música e um espaço dedicado às palestras e até ao lançamento de um restaurante de chef renomada nacionalmente.

Grande produtor, Mato Grosso do Sul tem na carne o principal ingrediente de sua gastronomia. Por isso, o festival, conforme explica sua idealizadora, Márcia Marinho, tem o intuito de mostrar para os sul-mato-grossenses os diversos sabores originários das diferentes raças criadas no Estado.

Uma das principais características nesta primeira edição,  é que os público tenha acesso aos mais variados tipos de cortes de carne, com preços acessíveis.

“No festival, será oferecido carne de angus, brangus, carne de cordeiro e mais. A gente quer viabilizar para que o grande público possa experimentar diversos tipos de carne”, explica Márcia.

Serão 35 chefs regionais distribuídos em 47 estações de assados. Para esta edição de lançamento, o embaixador convidado é o chef Paulo Machado, um dos grandes nomes da gastronomia do Estado por ressaltar em seu trabalho a gastronomia pantaneira.

“A partir desse evento, Mato Grosso do Sul se consolida como o cenário perfeito para grandes feiras gastronômicas. Já tivemos congressos e encontros menores ligados ao tema no passado. Mas vejo agora que a cidade pede por esse tipo de acontecimento e tenho a certeza que logo virão próximas edições”, conta Machado.

Expansão

A primeira versão foi apresentada pelo governo estadual neste ano. O festival fechou parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), entidade responsável por promover a Expogrande, que já está em sua 83ª edição.

Presidente da entidade, Guilherme Bumlai comenta que a experiência prévia na promoção de eventos rurais se somou à consolidação de um festival voltado às carnes, não apenas como feira gastronômica internacional, mas também estendendo seu potencial ao oferecer outros tipos de atrações.

“Institucionalmente, a Acrissul já traz em sua bagagem uma larga experiência em eventos de grande porte. Com o Festival Internacional da Carne, queremos mostrar como a nossa carne é produzida, quais são as diferenças das marcas que estão colocadas no mercado e muito mais. Teremos também shows musicais, para as pessoas poderem confraternizar, além de palestras técnicas voltadas para os profissionais participantes”, adianta Bumlai.

Expectativa

Para Márcia, a ideia de ter mudado a temática anterior para “do pasto ao prato” proporciona a realização de outras dinâmicas durante o evento, como o oferecimento de atrações musicais, uma competição de churrasco e, no caráter econômico, debates e palestras voltadas aos produtores rurais.

“O caráter do evento mudou, foi expandido, tanto é que o tema escolhido para esse ano foi ‘do pasto ao prato’. A gastronomia segue como protagonista, mas abre espaço para a conversa de negócios, para falar sobre a cadeia produtiva, economia e outros tópicos”, detalha a realizadora.

“Esperamos atrair turistas da nossa fronteira, do nosso MS, e consolidar nosso estado como o produtor da carne com a mais alta qualidade do País”, torce Márcia. A expectativa é atrair um público de 30 mil pessoas, inclusive de outras nações e estados brasileiros.

Entusiasta da culinária pantaneira, ela garante diversidade no que tange às carnes – desde porco no rolete, no tacho, hambúrguer de avestruz e até linguiça de búfalo – 100% sul-mato-grossenses.

“Realmente sou uma grande entusiasta da culinária regional. Quando comecei a falar sobre isso, ninguém sabia quem era os chefs daqui, o que a gente fazia, qual era nossa comida regional. Faz seis anos que estou trilhando esse caminho para exaltar a gastronomia sul-mato-grossense”, conta.

Diversidade de assados

Com a curadoria do chef representante do Centro-Oeste no Ministério das Relações Exteriores e no projeto Brasil em Sabores, Lucas Caslu, o evento promete impactar até aquelas pessoas que dizem conhecer muito sobre carne e churrasco. 

Para o Correio do Estado, o chef já havia adiantado que, além de optar por diversos tipos de cortes e diferentes técnicas, o festival também terá carne assada do modo rústico pantaneiro ao estilo americano, o barbecue.

“Teremos o nosso pacu preparado com técnica indígena paraense, sobremesa com fruta defumada ou grelhada e até um lançamento de um sorvete com um ingrediente defumado. As porções serão de aproximadamente 150 g, porque a ideia é que se prove os mais diversos pratos”, explica.

O gastrônomo conseguiu trazer para o evento chefs como Rafael Gomes, que foi campeão do Master Chef em 2018 e agora é proprietário de diversos restaurantes no Rio de Janeiro, além de Luis Vilela, chef da Venchi no Eataly, em São Paulo e consultor da Royal Caribbean; Paula Labaki, chef consultora da rede Fazenda Churrascada, que tem grande experiência na cozinha e no churrasco; Ligia Karazawa, especialista na carne wagyu que tem grande experiência com restaurantes, além do churrasco em si; Rodrigo Bueno, campeão do American Barbecue e capitão da seleção brasileira de barbecue; e Edvaldo Caribé, escritor do livro “O Barbecue Brasileiro – Do moquem ao pit smoker”.

Churrasqueiros locais

Entre os chefs regionais convidados estão: 

Carne 100% de MS

Para o curador do evento, a carne de Mato Grosso do Sul “é muito especial”. Um dos fatores que contribui para que o produto sul-mato-grossense seja considerado um dos melhores do País, quiçá o melhor, é o fato de o gado ser criado livre no pasto, o que reflete, portanto, no sabor da carne.

Além disso, por sermos de um estado que é produtor, isso reflete culturalmente na população. “Temos enraizado a cultura da carne bovina em todo o nosso estado. Então, podemos dizer que a nossa população é especialista em carne, pois ela está no nosso dia a dia. No campo, é comum consumi-la em todas as refeições, inclusive no café da manhã, com o quebra-torto”, cita Caslu sobre o famoso desdejum pantaneiro.

Comida no precinho

Com porções de 100 g a R$ 18 cada, os participantes do festival poderão degustar de tudo um pouco que será oferecido durante o evento.

Conforme adiantado anteriormente, as opções variam desde o pacu assado ao modo indígena, preparado por Edvaldo Caribé, até o prato a ser apresentado pelo chef Bruno Panhoca, que vai preparar o sanduíche de pulled pork.

“É feito de carne suína, com copa lombo. Uma grande peculiaridade é que ele é defumado por quase seis horas dentro de uma churrasqueira fechada. Depois, é servido em um pão brioche, com molho barbecue, picles e cebola frita”, descreve.

Turismo gastronômico

MS vem se consolidando como roteiro quando se trata de gastronomia. Com esse pensamento, o festival se apresenta como um espaço para públicos de todas as regiões, conforme explica o diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Bruno Wendling.

“O turismo gastronômico já não é mais um potencial, mas uma realidade em Mato Grosso do Sul. Não é à toa que a gente vem trabalhando já alguns anos com a gastronomia como diferencial competitivo, especialmente na região do Pantanal. Ter eventos como o Festival Internacional da Carne, agora com uma nova modelagem, poderá atrair fluxos do interior do Estado, a princípio, e reforçar nosso posicionamento como destino de gastronomia, 
o que é muito importante”, cita.

Copa de Assadores

Para animar o público durante o 1º Festival Internacional da Carne MS, será realizado a Copa de Assadores Ancestrais de Mato Grosso do Sul – Meat Master, modalidade já bastante conhecida no Estado, que é a de fogo de chão.

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Segundo o diretor técnico da competição, José Rodrigues, estão confirmadas 13 equipes, sendo de MS, do RS e até da Bolívia e do Paraguai. “As equipes vão assar para os juízes três tipos de carne, que vai ser a costela bovina, a paleta suína com couro e osso e também o frango inteiro. Tudo na modalidade ancestral. Não será permitido nem defumação ou bafo. Tem de ser apenas fogo de chão”, desafia.

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