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AUDIÊNCIA ADIADA Julgamento de Jamilzinho, denunciado por mandar matar Playboy, ficou para ano que vem Réu já condenado por crime de mando, teria traçado morte de empresário por levar soco no nariz, em boate de Campo Grande 26 SET 2023 • POR Celso Bejarano e Neri Kaspary • 16h21
Playboy, como era conhecido, foi morto numa mesa de bar, em Campo Grande   arquivo/correio do estado

Embora esperado para ocorrer até dezembro deste ano, fracassou o intuito de julgar Jamil Name Filho, o Jamilzinho, 46, por ele ter, segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), mandado matar o empresário Marcelo Hernandes Colombo, o conhecido Playboy da Mansão, então com 31 anos de idade, no dia 18 de outubro de 2018, perto de cinco anos atrás.  

Correio do Estado apurou que a audiência de julgamento de Jamilzinho deva ocorrer somente em 2024 por uma questão de logística. 

O júri deve ocorrer com a presença do réu, hoje numa cela de presídio federal, a 3,2 mil km distante de Campo Grande.

Além de Jamilzinho, serão julgados por este crime Everaldo Monteiro de Assis, um policial federal, o ex-guarda civil Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira, que também é ex-guarda municipal de Campo Grande. 

Jamilzinho, que nega participação no crime, conforme a denúncia, teria mandado matar Playboy por este ter acerta-lhe um soco no rosto depois de uma discussão. 

Em julho deste ano, Jamilzinho foi condenado a 23,6 anos de prisão por ter sido apontado como o mandante da execução do estudante de Direito, Matheus Xavier, então com 20 anos de idade, em abril de 2019, também em Campo Grande.  

Pelo apurado por investigadores do caso, a ordem determinada por Jamilzinho, passada a dois pistoleiros, quem deveria morrer seria um ex-oficial da Polícia Militar, Paulo Xavier, o PX, pai da vítima, que seria desafeto do réu. Os matadores, para os denunciantes, erraram a missão e atiraram no filho, ao invés do pai. 

APELAÇÃO CONTESTADA 

Acusados pela morte de Playboy tentaram retardar o julgamento com recursos movidos no Tribunal de Justiça de MS, contudo a corte rejeitou a apelação. 

"Após a oitiva da Procuradoria-Geral de Justiça, os autos voltaram-me conclusos para deliberação. Quanto às matérias suscitadas pela defesa do recorrente Everaldo Monteiro de Assis [o policial federal], primeiramente, mantenho o julgamento já pautado. Segundo, as questões postas serão deliberadas por ocasião do julgamento. Aguarde-se, pois, o julgamento marcado", diz trecho da decisão do TJMS, determinada pelo desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques: 

Logo depois da condenação de Jamilzinho pelo assassinato do estudante de Direito, em audiência ocorrida no dia 20 de julho passado, dois meses atrás, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, havia dito que a intenção era a de julgar os envolvidos na morte de Playboy ainda neste ano. 

De acordo com o apurado pelo jornal, o julgamento em questão pode durar mais de um dia e isso exige uma estratégia de segurança melhor planejada, daí a audiência já estaria sendo pensada para o ano que vem, no primeiro semestre, no caso.

O adiamento não consta nos autos, contudo, fontes ouvidas pelo jornal, sustentam que a audiência só ocorre em 2024.

MORTE DE PLAYBOY 

Playboy, conforme o processo, morreu por ter se desentendido com Jamilzinho numa boate, em Campo Grande, trecho do processo. 

"A vítima Marcel Costa Hernandes Colombo e o denunciado Jamil Name Filho, tempos antes do crime em tela, se desentenderam em uma casa noturna da cidade, oportunidade em que Marcel Colombo desferiu um soco no nariz de Jamil Name Filho. Em razão de tal agressão, Jamil Name Filho nutriu sentimento desmedido de vingança, apenas saciado mediante o ajuste com o acusado Jamil Name (pai de Jamilzinho) de ceifar a vida da vítima”. 

Playboy foi morto num bar situado na Avenida Fernando Corrêa. Ele conversava com amigos e foi surpreendido pelo pistoleiro que atirou cinco vezes. A vítima morreu no local. Duas pessoas conversam Playboy, mas não foram atingidos. Toda a cena foi captada por câmeras de segurança.

Jamilzinho foi preso em 2019 por ser apontado como um dos líderes de milícia armada e que mandava matar eventuais rivais que ousassem em atrapalhar planos supostamente criminosos, conforme denúncia do MPMS.