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Política A febre das cores A febre das cores 8 MAI 2010 • POR • 20h00

CRISTINA MEDEIROS

 

É só observar para constatar: nunca se viu tantas opções de cores defilando nas unhas da mulherada. Na escola, no shopping, na balada ou no salão de beleza, basta falar de esmaltes numa roda de mulheres para começar o burburinho. Elas trocam informações sobre nomes das cores, marcas, tempo de duração, quantas camadas dão o efeito desejado, misturas, entre outras curiosidades. E, se algumas cores já foram proibidas para as mulheres, ou serviam para demonstrar status social na China e no Egito antigo, hoje elas são usadas sem preconceito e se transformaram em verdadeiros itens de moda e definidoras de estilo.

Na opinião da coordenadora e professora do curso de Design de Moda da Anhanguera/Uniderp, Carolina Debus, o esmalte, hoje, é tido como um acessório: "Não tenho dúvida, o esmalte é um complemento tanto quanto o brinco e o sapato que a mulher usa. E, é claro, assim como ela escolhe a cor da roupa e dos acessórios que vai usar, também se preocupa com o tom dos esmaltes", explica.

Da mesma forma que as peças de estilistas renomados, as coleções de vidrinhos coloridos também mudam a cada estação. "De uns tempos para cá, as empresas especializadas têm lançado coleções. E tudo é influência do que se vê desfilando na Europa. No Brasil, a coisa pegou depois que a estilista Channel lançou o verde-jade na última coleção de verão europeia, levado à passarela pelas modelos. Aqui no Brasil virou febre, a brasileira aceitou a tendência e as cores vibrantes foram para a rua rapidamente", completa Carolina.

E os lançamentos fazem a cabeça de todas as mulheres. Reinaldo Lourenço, por exemplo, assina a coleção da Risqué Joias Místicas, que aposta na tendência ainda forte dos esmaltes sem brilho. Além disso, a coleção não dispensa o já clássico nude, outra cor que não vai sair tão cedo da nécessaire de muitas mulheres. "Toda mulher esperta sabe que, para ter um look completo, não pode depender só do trio cabelo-sapatos-roupa. As unhas também fazem parte de uma boa produção. Antigamente, usava-se só o vermelho ou os tons pastéis, mas hoje a cartela globalizou", diz Lu Okumoto, do salão Depilare, na Capital.

 

Elas usam

Quem aderiu à moda das cores sem preconceito é a acadêmica de Psicologia Daniela Roncisvalle, de 20 anos, estimulada pela variedade de opções. "Eu pintava a unha, mas não como agora. Antes, era difícil achar cores diferentes, hoje é muito mais legal; tantas opções me fizeram gostar mais de esmaltes, principalmente fosco". O interesse é tanto, que o assunto é recorrente entre as colegas do curso e Daniela passou a acessar blogs e sites sobre o assunto, que não são poucos. "Você fica por dentro das novidades e aprende muita coisa. Por exemplo, para dar um efeito fosco (ela não gosta do brilho), misturo amido de milho e talco no esmalte, que dão o efeito de parafina, que me agrada". Os tons preferidos de Daniela são azul, cinza, o verde da Channel e lilás. Atualmente, está em busca de um verde ou amarelo que lhe agradem.