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SERÁ QUE SAI? Geraldo Alckmin visita MS para inspecionar UFN3 em novembro Vice-presidente vem à Mato Grosso do Sul com demais representantes do Governo Federal, para sobrevoo de inspeção em Três Lagoas.  27 OUT 2023 • POR Leo Ribeiro • 10h13
Vice-presidente virá acompanhado da três-lagoense ministra do Planejamento, Simone Tebet; do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates e do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira   Reprodução/ Marcelo Camargo/ABR

Novembro há tempos é anunciado como mês de definição da retomada da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), com a data do próximo dia 08 marcada agora para receber a visita do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e demais representantes do Governo Federal, para sobrevoo de inspeção em Três Lagoas. 

Conforme anúncio do Governo do Estado, Alckmin vem à Mato Grosso do Sul acompanhado da três-lagoense ministra do Planejamento, Simone Tebet; do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates e do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Ainda em outubro essa mesma data foi anunciada para a visita de Jean Paul, para que o grupo liderado pelo governador, Eduardo Riedel, avalie a possibilidade de retomar as obras e, finalmente, concluir o empreendimento. 

"A fábrica pode representar um salto no desenvolvimento não apenas de Mato Grosso do Sul, mas para todo o Brasil", comentou Eduardo Rocha nesta quinta-feira (26), após visita técnica prévia feita com representantes da Petrobras. 

Década de processo

Cabe lembrar que a construção dessa unidade em Três Lagoas teve suas obras iniciadas em 2011, paralisada cerca de três anos depois - em dezembro de 2014 -, quando já apresentava 81% concluído. 

Importante frisar que a primeira paralisação, em 2014, aconteceu após denúncias de corrupção por parte dos integrantes do consórcio. Quatro anos depois seria iniciado o processo de venda da UFN3, incluindo a fábrica Araucária Nitrogenados (Ansa), localizada em Curitiba. 

Esse processo ainda iria atrair olhares russos em 2019, quando a gigante do ramo de fertilizantes, Acron, selou acordo de compra, que não foi para frente por não prever o fornecimento de gás natural. A empresa da Rússia voltaria a selar uma venda no ano passado, que também não foi concluída. 

Quem bem descreveu esse processo foi Simone Tebet, quando em maio deste ano, durante agenda na Capital, ressaltando que por "falta de vontade política" não foi apresentada solução do problema de fertilizantes nos últimos quatro anos. 

"Cansei de ir lá, fui eu que interrompi a última licitação, porque não constava no edital que a fábrica, quem ganhou - que era uma empresa russa -, tinha que terminar como fertilizantes. Ela poderia desmontar e mandar todos os equipamentos para a Rússia. Agora, o governo tem interesse em avançar nesse tema, inclusive ver se vai retomar ou não duas ou três fábricas que estão paradas no Brasil", disse a Ministra naquela oportunidade. 

Agora, nas palavras do Governo do Estado, a UFN3 pertence à Petrobras, a quem cabe a decisão de eventual conclusão do empreendimento - o que pode acontecer ainda em 2023.
**(Colaborou Súzan Benites)

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