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PRF intercepta 456 kg de cocaína e faz oitava grande apreensão do ano em Paranaíba; veja vídeo Carga foi apreendida na BR-158; neste ano, mais de 2,3 toneladas já foram interceptadas na região 27 NOV 2023 • POR Alanis Netto • 14h52
  Divulgação: PRF

Na tarde do último domingo (26) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 465 kg de cocaína na BR-158, em Paranaíba, município aproximadamente 407 quilômetros distante de Campo Grande.

Em nota, a PRF informou que a carga foi interceptada em uma ação conjunta com a PRF de Mato Grosso e a Polícia Federal de Rondônia.

Os agentes realizavam fiscalização na rodovia, quando identificaram um caminhão estacionado no acostamento. Foi realizada a abordagem para oferecer auxílio ao condutor, que durante a entrevista demonstrou nervosismo e levantou suspeitas da equipe.

Após ser encaminhado para a Unidade Operacional da PRF, o motorista foi questionado sobre a carga do reboque, e confessou que transportava drogas. Ao abrir o baú, a equipe encontrou 463 kg de pasta base de cocaína e 2 kg de cloridrato. Veja vídeo:

O homem informou que pegou o ilícito no interior de Mato Grosso, e que deveria entregá-lo no estado de São Paulo. Ele foi preso e a ocorrência encaminhada à Polícia Federal.

Oitava grande apreensão

Entre março e agosto, a PRF já havia realizado sete grandes apreensões em Paranaíba, que somavam 1,9 toneladas do entorpecente. Agora, com os 465 kg da última apreensão, já são 2,36 toneladas.

O município está localizado na divisa com Minas Gerais, a 410 quilômetros de Campo Grande, mas, como a maioria destes carregamentos provavelmente saíram de países vizinhos, eles percorreram distância muito maior. Entre Ponta Porã (Paraguai) e Paranaíba são 730 quilômetros. De Corumbá (Bolívia) até a divisa com Minas Gerais são 840 quilômetros e pelo menos uma dezena de postos de fiscalização das forças policiais federais e estaduais. 

A primeira importante descoberta do ano na região de Paranaíba aconteceu em 13 de março, quando foram interceptados 217 kg. No mês seguinte, os policiais encontraram 484 kg de cocaína em meio a um carregamento de carne resfriada. Eles só romperam o lacre da carga, segundo informou a PRF à época, depois de detectarem peso diferente ao que constava na nota fiscal.

No dia 22 de maio, no mesmo local, foram apreendidos 393 kg de pasta base de cocaína, que estavam no meio de uma carga de madeira. À época, o motorista disse que estava vindo de Mato Grosso e levaria a droga até São Paulo. 

Em 18 de junho, outros 180 kg foram interceptados próximo ao posto da PRF de Paranaíba. Esta descoberta, conforme a PRF, ocorreu porque o caminhoneiro teve problemas em um pneu e os agentes se ofereceram para prestar auxílio. Por causa do nervosismo do condutor, acabaram fazendo uma vistoria e descobriram as drogas.

No dia 27 de julho, agentes interceptaram um carregamento de 431 quilos de cocaína nessa mesma rodovia, a BR-158, em Paranaíba. Conforme noticiado anteriormente, o caminhão chamou a atenção dos policiais porque apresentava problemas no sistema de iluminação. Durante a entrevista, o caminhoneiro afirmou que o caminhão estava vazio, mas apresentou nervosismo, e por isso os policiais decidiram fazer uma vistoria mais minuciosa no veículo, e encontraram várias malas recheadas com os tabletes de cocaína.

Na manhã do dia 10 de julho, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 148 kg de pasta base de cocaína, que era transportada em um caminhão que carregava sucata. Na abordagem, os policiais desconfiaram de informações passadas pelo motorista, e decidiram realizar uma vistoria, que confirmou a presença de tabletes de cocaína em meio ao carregamento.

A última apreensão havia sido noticiada pela PRF no dia 14 de agosto, com 119 kg de cocaína retidos. A droga era transportada em um caminhão Volvo/FH12, que chamou a atenção da fiscalização por utilizar pneus em mau estado de conservação.

Na fiscalização dos estepes, os policiais notaram que eles apresentavam um peso incomum, e contaram com a ajuda de um borracheiro para abrir os pneus. Dentro deles, encontraram os tabletes de pasta base e cloridato de cocaína.

O condutor disse ter recebido a carreta em Campo Grande (MS) e deveria entregá-la em Minas Gerais.

Histórico

Nos primeiros sete meses de 2023, Mato Grosso do Sul já havia registrado o ano recorde em apreensão de cocaína em rodovias federais do Estado. De janeiro a julho deste ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 10.824 kg do entorpecente, 96 kg a mais do que o apreendido em 2022, ano em que foram interceptados 10.728 kg da droga.

Agora, nos primeiros 11 meses do ano, a quantidade de carga apreendida já chegou a 14.341 kg.

O ano passado já havia sido um ano recorde em comparação com os anos anteriores. Em 2021, foram 5.201 kg apreendidos, e em 2020, primeiro ano que se tem registro no Observatório de Dados da Polícia Rodoviária Federal, foram interceptados 5.041 kg do entorpecente.

Se compararmos os anos de 2020 e 2021, podemos notar um certa estabilidade. Entre 2021 e 2022, tivemos o primeiro "boom", com aumento de 106% na quantidade apreendida.

Maior apreensão do ano

Neste ano, o Estado teve a maior apreensão de cocaína da história da PRF a nível nacional, realizada em 27 de feverereiro. Foram apreendidas 1,8 tonelada de cocaína em Sidrolândia, município localizado a 63 quilômetros de Campo Grande. A carga foi avaliada em R$ 334 milhões.

Em nota, à época, a PRF divulgou que a droga era transportada em um caminhão tanque VW 24.280, que passou por fiscalização no km 480 da BR-060, em Sidrolândia.

Os responsáveis pela fiscalização eram os policiais do Grupo de Operações com Cães (GOC-MS), que contaram com a ajuda dos cães farejadores da raça pastor alemão, K9 Thor e K9 Amélia, para identificar compartimentos ocultos no veículo. Foram encontrados três compartimentos, cheios de tabletes da droga.

O condutor, um homem, de 44 anos, seguia de Jardim (MS) para Campo Grande (MS), e contou que recebeu R$ 20 mil e o veículo para transportar a carga ilícita. Ainda segundo ele, a droga seria entregue para um desconhecido em um posto de combustível em Campo Grande.

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