
Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul tem se destacado como uma das economias em ascensão no Brasil, impulsionada por fatores como agricultura, pecuária e indústria. No entanto, um elemento crucial tem desempenhado um papel cada vez mais significativo no desenvolvimento econômico do estado: a Rota Bioceânica.
Essa rota, que tem por objetivo conectar a partir de um corredor logístico e de integração regional o Atlântico ao Pacífico, passando pelo coração do Brasil e cruzando fronteiras internacionais, tem se revelado um fator-chave para impulsionar o crescimento econômico e abrir novas oportunidades para Mato Grosso do Sul.
A Rota Bioceânica, concebida como um corredor logístico de integração regional, tem despertado o interesse de líderes governamentais e empresariais por sua capacidade de conectar o estado e todo Brasil diretamente aos portos do Chile. Essa conexão direta abre novas possibilidades comerciais e reduz a dependência de rotas tradicionais, oferecendo uma alternativa mais rápida e eficiente para o escoamento de produtos e mercadorias.
A teoria econômica estuda e apresenta em pesquisas empíricas o valor e o impacto das expectativas em torno de fenômeno como fator de desenvolvimento. As pessoas tem expectativas e reagem a estímulos de probabilidades futuras, eis que a Rota Bioceânica já promove essas expectativas em incentivos de investimentos e mudanças estruturais para Mato Grosso do Sul, Brasil e os países da integração do corredor.
O estado de Mato Grosso do Sul promoveu mudanças na matriz econômica, incrementando o setor produtivo com novos ativos ligados ao agronegócio e em escala industrial. Essas mudanças permitiram transformações em cidades como Três Lagoas, Dourados, Ribas de Rio Pardo, Campo Grande, Porto Murtinho e Inocência, essa última está recebendo umas das maiores empresas produtores de papel e celulose do mundo, vinda diretamente do Chile. Dois pontos de destaque que a Rota Bioceânica irá alavancar a economia de Mato Grosso do Sul:
1. Crescimento econômico acelerado: Pode-se constatar um crescimento econômico mais rápido e robusto em Mato Grosso do Sul em comparação com outras regiões ou estados que não têm acesso direto à Rota Bioceânica. Isso pode ser evidenciado por indicadores como aumento do PIB, expansão do setor industrial, aumento das exportações e criação de empregos. A Rota Bioceânica está potencializando esse crescimento de forma indireta, atraindo empresas que devem utilizar a Rota para escoar sua produção e comprar insumos, esse é caso das grandes plantas industriais de Papel e Celulose que estão sendo construídas em Ribas de Rio Pardo e na cidade de Inocência. Cidades do interior que irão quintuplicar sua população, seu crescimento e transbordar essa atividade produtiva em todas as regiões próximas, pois um dos insumos principais (eucalipto) está espalhado e sendo produzido por várias cidades do interior.
2. Ampliação do comércio internacional: A implementação da Rota Bioceânica pode ter impulsionado significativamente o comércio exterior de Mato Grosso do Sul, facilitando o acesso a mercados internacionais e a abertura de novas oportunidades de exportação. A rota pode ter levado a um aumento das exportações de produtos agrícolas, minerais e manufaturados, resultando em um saldo comercial favorável para o estado.
Com a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, a realidade e o fluxo comercial aumentarão em mais de 30% em dois anos, observando o aumento das exportações para os países vizinhos. Para a Ásia que é o ponto principal essa estimativa é ainda mais otimista, com aumento de 50% para os próximos 5 anos pós ponte.