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Concretização de sonhos Famílias do Mandela fazem visita a terreno onde unidades habitacionais serão construídas na Capital O intuito de levar as famílias até o terreno ocorreu como um gesto de demonstrar que o sonho da casa própria deixou de ser uma ideia distante 15 DEZ 2023 • POR Laura Brasil • 16h30
Famílias do Mandela em visita ao lote onde serão construídas as unidades habitacionais. Na fotos os futuros moradores também tiveram acesso a planta das casa   Divulgação PMCG

O sonho da casa própria para a comunidade conhecida como Favela do Mandela começa a se tornar realidade. Durante a manhã desta sexta-feira (15), 25 famílias foram conhecer o terreno no bairro José Tavares onde serão construídas as unidades habitacionais.

Neste local, serão construídas 187 casas por meio do Programa Credihabita,  o que implica em R$ 15 milhões em recursos para a construção das unidades que deverão ser pagas parcelas mensais de R$ 185 reais, pelo prazo de 360 meses (30 anos). 

Divulgação PMCG

Pertencimento

O intuito de levar as famílias até o terreno ocorreu como um gesto de demonstrar que estão sendo atendidas. E mais do que isso, o sonho da casa própria deixou de ser uma ideia distante, a partir do momento em que eles colocaram os pés no terreno onde em breve estarão suas novas residências

Obras

A construção foi iniciada, na última segunda-feira, 11 de dezembro, em dois bairros, Jardim Talismã e José Tavares. A estimativa para que toda comunidade seja contemplada com a chave da casa é de até 12 meses.  

Sendo que no dia 6 de dezembro, ocorreu delimitação dos lotes e dois carros da concessionária da empresa de energia e água estavam acompanhando para iniciar o processo relacionado a tubulação de canos e energia elétrica.

A prefeita Adriane Lopes, que esteve presente desde o dia da tragédia, classificou a visita como positiva para demonstrar aos moradores que seus terrenos estão separados, recebendo os preparos necessários. 

 “Eles puderam conhecer os seus lotes e vislumbrar a construção desse sonho da casa própria. A administração de Campo Grande está empenhada na resolutividade, por isso, conseguimos em tempo bastante rápido essa solução para todas as 187 famílias do Mandela.”, disse Adriane.

O diretor-adjunto da Emha, Claudio Marques, explicou que a estimativa é de que todas as 187 casas sejam entregues até dezembro de 2024. E destacou que em uma perspectiva positiva, dada a celeridade que a situação demanda, acredita que em 8 meses todas as famílias estejam ocupando as áreas - do José Tavares e Jardim Talismã - podem ter as casas finalizadas.

"A Prefeitura vai garantir a infraestrutura dessas áreas; o campo de futebol permanecerá para toda a comunidade, haverá pista de caminhada, instalação de iluminação e novas árvores serão plantadas, contribuindo para a urbanização do lote”, disse Claudio Marques.

Planejamento

Desde o início do incidente, a prefeita Adriane Lopes deixou claro que a escolha dos terrenos levaria em conta os direitos básicos como esgoto, iluminação pública, asfalto. E também a proximidade de CRAS, Unidades de Saúde e escolas. 

Pensando no atendimento das famílias como um todo a Fundação Social do Trabalho (Funsat) esteve presente na comunidade e realizou inscrição de trabalhadores no Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho (Primt), segundo a prefeitura vinte pessoas se inscreveram sendo que 8 foram selecionadas para trabalhar conforme a filtragem do sistema. E informou que outras pessoas ainda seriam chamadas para trabalhar.

A reportagem também questionou em relação a escolas das crianças que serão realocadas no José Tavares e no Jardim Talismã. Veja a nota na íntegra:

"Sobre as escolas a Secretaria Municipal de Educação (Semed), informa que o processo de matrículas já está disponível, sendo que a primeira listagem com as vagas paras as Emeis (Escola Municipal de Educação Infantil), já está no site da Semed, portanto, este é o período oportuno para que os pais e/ou responsáveis possam fazer as matrículas, até 18 de dezembro".

Abrigo e casa de parentes

Na última quarta-feira (13) as famílias foram retiradas das barracas, algumas seguiram para casas de parentes enquanto outras foram abrigadas na Escola Municipal Maestro João Corrêa Ribeiro. A prefeitura levou em consideração o bem-estar e segurança das famílias. Já que havia crianças e idosos com necessidades especiais e o calor extremo e temporais terminam agravando a situação.

Lotes

Uma das moradoras contemplada com o lote, no bairro José Tavares, Hanna Carolina Rodrigues, de 24 anos, que exerce função de operadora de telemarketing e há três anos residia no Mandela, visitou o terreno. 

“É gratificante, e todos os anos de luta estão valendo a pena. Os terrenos são muito bonitos, vai ser maravilhoso morar aqui com minhas filhas de 2 e 6 anos. Estou muito ansiosa para ver o resultado final e feliz.”, disse Hanna.

Outra moradora que esteve no local, Adrielly Silva, de 31 anos, mãe de quatro filhos, e moradora do Mandela há nove anos, relatou a experiência como um sonho. 

“Ainda não acordei do sonho, parece que estou dormindo, só vai cair a ficha na hora que estiver aqui dentro. Estão deixando a gente acompanhar todo o passo a passo da construção. Tantos anos esperando por um lar, um pedaço de uma terra digna, que a gente possa falar ‘isso é meu’, comemorou Adrielly.

Residências

As casas terão metragens diferentes para famílias, solteiros e casais sem filhos, sendo que o segundo grupo terá uma casa de 20,48m², enquanto as unidades habitacionais destinadas a famílias maiores terão 33,73m². 

Planta das casas

Solteiros e casais sem filhos

PROPOSTA MANDELA: SOLTEIROS / CASA PADRÃO - ÁREA INICIAL - A=20,48m²

Famílias

PROPOSTA MANDELA:  CASA PADRÃO - ÁREA INICIAL - A=33,78m²

Famílias Realocadas

Em conversas, os moradores entraram em um consenso pelo sorteio dos lotes, realizado pela Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha)  no último sábado (9). O sorteio para alocação dos lotes foi destinado para 187 famílias que perderam tudo no maior incêndio de Campo Grande.

Entenda a distribuição

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