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RETROSPECTIVA 2023 Bioparque fecha ano com visitas de 358 mil turistas de 3,5 mil municípios, 27 estados e 120 países Complexo também recepcionou 68.536 estudantes de 1.242 instituições de ensino espalhadas em mais de 70 municípios do Estado 25 DEZ 2023 • POR Naiara Camargo • 10h15
Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, localizado nos altos da Avenida Afonso Pena   MARCELO VICTOR/arquivo

A seis dias do fim do ano, o Bioparque Pantanal, divulgou, ao Correio do Estado, números promissores do ano que se encerra.

O maior aquário de água doce do mundo chega ao fim de 2023 com visitas de 358.606 turistas de 76 municípios de MS, 3,5 mil municípios do Brasil, 27 estados brasileiros (26 unidades federativas + Distrito Federal) e 120 países. 

Além disso, o complexo também recepcionou 68.536 estudantes de 1.242 instituições de ensino espalhadas em mais de 70 municípios do Estado.

Entrada do Boparque Pantanal. Foto: Marcelo Victor

O local abriga mais 40 mil animais de 359 espécies. Teve 49 espécies reproduzidas em 2023, sendo o cascudo-viola, espécie ameaçada de extinção, o mais importante, com primeiro registro de reprodução no mundo.

Em 2023, a revista estadunidense Time classificou o Bioparque Pantanal como um dos destinos de viagem mais extraordinários do mundo. O local está entre os 50 melhores do mundo, que oferecem aos visitantes uma experiência extraordinária diferente de qualquer outra.

De acordo com a diretora do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balistieri, o ano de 2023 foi de sucesso e grandes avanços para o Bioparque.

“Além de proporcionar um lugar bonito, a gente está agregando conhecimento a esses visitantes que passam por aqui e estamos contribuindo também com a questão da sensibilização e da conscientização ambiental. Nós temos o resultado concreto do trabalho que foi desenvolvido aqui na questão da pesquisa, da conservação, da sustentabilidade, da bioeconomia”, declarou a diretora.

BIOPARQUE PANTANAL

O Bioparque Pantanal está localizado nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.

É, atualmente, o maior aquário de água doce do mundo; maior aquário público do Brasil; maior laboratório de pesquisa da ictiofauna neotropical do mundo e o único aquário do Brasil com controle de acessos e gerenciamento de sistemas automatizado.

Circuito de aquários. Foto: Marcelo Victor

O completo tem 19 mil m² de área construída, cinco milhões de litros de água e 239 tanques. As despesas do Bioparque somam R$ 1,2 milhão mensais.

O local começou a ser construído em maior de 2011, na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB) e foi inaugurado em 28 de março de 2022, no mandato do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Foram 11 anos, 13 licitações e três mandatos de governo até conclusão da obra. O valor total investido foi de R$ 230 milhões, de acordo com Azambuja.

O aquário, além de ser um atrativo turístico, também é um complexo de pesquisa, ciência, conhecimento e estudos.

O governo de Mato Grosso do Sul é quem administra o Bioparque atualmente. Conforme noticiado pelo Correio do Estado em 19 de outubro de 2023, o governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou que cumpriria agenda no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para tratar sobre a concessão do Bioparque, Parque das Nações, Parque do Prosa e Museu de Arte Contemporânea (MARCO) à iniciativa privada.

INVESTIMENTOS ATÉ 2027

O governo de Mato Grosso do Sul prevê investir R$ 30,8 milhões na modernização do Bioparque Pantanal até 2027. Os investimentos constam no Plano Plurianual (PPA) enviado no início desta semana à Assembleia Legislativa.

Para o próximo ano, a expectativa é de que a manutenção e os investimentos no Bioparque se aproximem de R$ 7 milhões. O restante do valor reservado no PPA será diluído ao longo do período de 2025 a 2027.
No PPA, o governo de Mato Grosso do Sul, que atualmente administra o Bioparque Pantanal e não cobra ingresso para a entrada dos visitantes, não dá mais detalhes sobre os planos de modernização do espaço. O valor, porém, encontra-se em um programa “finalístico, de gestão e manutenção”.

Enquanto garante a modernização e a manutenção do Bioparque, o governo trabalha para ter, nos próximos anos, um parceiro privado para administrar não apenas o complexo, que conta com vários aquários, centro de convenções e espaço para pesquisas, mas todo o Parque das Nações Indígenas e outros atrativos do local, como o Museu de Arte Contemporânea (Marco), por exemplo.

* Colaborou Eduardo Miranda