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Em cinco anos, MS recebeu R$ 309 milhões em taxas de compensação da mineração

Estado é o sétimo maior contribuinte do Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais no Brasil

31 DEZ 2023 • POR Glaucea Vaccari • 15h32
Estado abriga reservas gigantescas de minerais essenciais   Foto: Divulgação

Nos últimos cinco anos, Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 309 milhões com a Compensação Financeira de Exploração Mineral (CFEM), devido ao aumento da extração de ferro e manganês nas cidades de Ladário e Corumbá.

Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o Estado é o sétimo maior contribuinte do Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais no Brasil.

Ainda segundo o governo, as empresas responsável pela extração de minério no Estado são  MCR, Vetria, MPP e A3 Mineração.

O Coordenador de Mineração e Gás da Semadesc, Eduardo Pereira, explica que o Estado abriga reservas gigantescas e de classe mundial, de minerais essenciais como: ferro, manganês, fosfatos, calcários e dolomitos.

“A exploração desses recursos minerais tem contribuído significativamente para a economia do estado e do país.  A mineração tem transformado as cidades beneficiadas, com aumento de novos empregos e gerado receitas para os municípios produtores, e contribuindo para o desenvolvimento ambiental, cultural, social e econômico, e na melhoria das infraestruturas existentes”, disse Pereira.

Além disso, o estado é rico em argilas, areias, cascalhos, filitos, folhelho, rochas ornamentais, mármores e basaltos, que são amplamente utilizados na construção civil e na indústria de cimento.

Mato Grosso do Sul tem ainda estudos e pesquisas que indicam uma concentração de titânio nos basaltos da formação Serra Geral, indícios de ouro, prata, zinco, bauxita, diamantes e outras gemas preciosas em outras áreas minerais em estudo, conforme requerimentos na Agência Nacional de Minérios (ANM) e artigos científicos.

Por fim, no Estado há um Craton, com rochas de idade de 1,0 a 1,8 bilhões de ano, sendo o Craton Rio Apa, remanescente do Craton Amazônico, com indícios que estão sendo estudados, para posterior pesquisas.

O Secretário da Semadesc, Jaime Verruck, ressalta que o Estado pratica a sustentabilidada na exploração mineral, como recuperação de áreas mineradas, uso eficiente de recursos e garantia de que as comunidades locais se beneficiem da mineração.

“Mato Grosso do Sul é um tesouro de recursos minerais, que precisa ser estudado, explorado e beneficiado", disse Verruck.

"Com a exploração responsável desses recursos, o estado tem o potencial de se tornar um líder na indústria mineral do Brasil, contribuindo para a transição energética, a economia e o desenvolvimento sustentável do país”, concluiu.

* Com assessoria