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Casas do Mandela Engenheiro diz que casas para comunidade do Mandela devem ficar prontas em novembro Apesar do otimismo da prefeitura com relação à entrega das casas, famílias terão que esperar um pouco mais 5 JAN 2024 • POR Laura Brasil • 19h00
No mesmo ritmo está a construção no bairro Talismã, sendo que somente o Iguatemi I e II estão atrasados por conta de documentação dos moradores que continuam sendo emitidos regularizados   Gerson Oliveira / Correio do Estado

Um dos bairros onde serão construídas quarenta e quatro casas está em início de fundação e a previsão para que as paredes comecem a ser erguidas está para março ou abril, se o tempo colaborar, no José Tavares, em Campo Grande. 

Durante a tarde desta sexta-feira (6) um trator trabalhava na área enquanto pedreiros mexiam na parte da fundação de duas das casas. Ao Correio do Estado, o engenheiro Civil e Ambiental responsável de obra Gustavo Souza Castro, da VBC Engenharia, explicou o andamento e roteiro da construção.

Gerson Oliveira / Correio do Estado - Pedreiros iniciam trabalho de locação e fundação dos lotes no José Tavares

A entrega das casas no bairro José Tavares estão previstas para novembro de 2024. "Já iniciamos a parte de terraplanagem em dezembro de 2023, na semana antes do Natal. Apesar da construtora ter entrado em recesso, a equipe de campo não parou", explicou o engenheiro. 

Neste período realizaram a patamarização dos lotes, que basicamente é o nivelamento, para impedir que a água das chuvas entre nas casas. Anteriormente o terreno passou pela adequação para passar água e esgoto pela concessionária de águas enquanto a empresa de energia cuidou da ligação de luz para o funcionamento das máquinas. 

No mesmo ritmo está a construção no bairro Talismã, sendo que somente o Iguatemi I e II estão atrasados por conta de documentação dos moradores que continuam sendo emitidas e regularizadas.

"O processo iniciou desde dezembro, então iniciamos a parte de obras paralelo à fase de patamarização iniciei o canteiro de obras. A [concessionária de energia] fez a ligação de luz especificamente para a obra. Para as casas já sei que está em andamento junto com a Energisa a viabilidade para a construção das redes de energia", contou o engenheiro.

A Energisa passou o orçamento para a Ehma do quanto irá custar realizar a ligação dessa nova rede. "Por se tratar de habitação de moradia social, esse custo da rede de energia ele é zero. A energia gera um custo só que ela tem que assumir por ser habitação de interesse social. Isso é normativa nacional". 

Ainda, sobre a ligação de energia nos lotes estão nos trâmites burocráticos e de acordo com Gustavo o correto é que o poste seja instalado quando a obra está com 90% do cronograma pronto. "Por questões técnicas [para não ocorrer instalação no local errado] a Energisa espera você fazer todas as bases. Então ela vai lá com uma equipe dela e fala: Não o poste não pode ser aqui, tem que ser dois metros pra cá. Dois metros pra lá", e completou:

"Creio eu que a partir de março ou abril já [estejam] todas as bases prontas, não casas prontas, [mas] com paredes levantadas. Então esse é nosso objetivo. Não todas as casas, mas uma sequência", esclareceu Gustavo.

Gerson Oliveira / Correio do Estado

Plano de necessidade

O desenho das casas foi fornecido pela Agência Municipal de Habitação (Ehma) para a empresa de VBC Engenharia, pela empresa assina a obra o engenheiro Orestes Jorge Corrêa, responsável técnico, enquanto Gustavo Souza Castro atua como engenheiro de obras. 

"O plano de necessidade arquitetônico é deles [Emha] eles fornecem o modelo da casa. Então tenho que fazer os projetos complementares que são as questões de ligação de água, esgoto, cobertura, fiação elétrica. O plano de necessidade que a gente fala é deles", disse o engenheiro. 

Urbanismo

O projeto desenvolvido - que não está dentro do escopo do Credhabita -, para a comunidade prevê a plantação de árvores, horta, academia ao ar livre, iluminação da quadra de futebol e revitalização, o que chegou a ser uma reclamação dos moradores da região que temiam perder o local de lazer. Além disso, será feita a construção de uma pista de caminhada atrás do campo e um Centro Comunitário. 

"Esse local atendia a comunidade e não vai deixar de atender porque só irão mudar de lugar. E melhorar a infraestrutura do campo, parece que o bairro não tem um centro comunitário, vai ter. Não tinha essa questão de ginástica", completou o engenheiro. 

Veja o cronograma das obras

Arquivo Correio do Estado


O cronograma físico do José Tavares com 44 unidades produzido pela VBC Engenharia com exclusividade ao Correio do Estado demonstra o andamento das obras. As linhas horizontais correspondem o decorrer dos meses de dezembro de 2023 até outubro de 2024.

Sendo que novembro não consta no cronograma por ser o mês da entrega da obra que pode ser feito no dia 1º ou dia 30. Antes da entrega existem diversas fases como serviços preliminares:

Em relação aos trabalhos de patamarização que iniciaram em dezembro precisam ser concluídos ainda em janeiro. Os trabalhos de fundação estão previstos para serem concluídos em janeiro e fevereiro. 

Na sequência iniciarão a parte da alvenaria que pode ser finalizado em abril. Sempre com uma folga de cronograma caso ocorra algum imprevisto como chuvas que podem atrasar o processo. Para entender melhor, onde a barra inicia e termina são os meses em que serão executados os serviços. 

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