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Operação Mute Polícia Penal inicia telamento nos pavilhões das unidades penais Ação faz parte de operação nacional, e tem como objetivo impedir o lançamento de ilícitos para o interior das penitenciárias 22 ABR 2024 • POR Alanis Netto • 13h45
  Gerson Oliveira/Correio do Estado

A Polícia Penal de Mato Grosso do Sul começou a implementar telamento nos pavilhões das unidades prisionais, com o objetivo de impedir o lançamento de itens ilícitos, como celulares e drogas, para o interior das penitenciárias, uma prática comum para burlar a segurança das prisões.

A ação faz parte da quarta fase da Operação Mute, uma iniciativa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em todo o território nacional, por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Ela segue até a sexta-feira (26).

O principal objetivo da operação é identificar e confiscar dispositivos como celulares, dentro das unidades prisionais, visando combater a comunicação ilícita entre membros do crime organizado e, consequentemente, reduzir os índices de violência em todo o país.

No Estado, os esforços estão sendo conduzidos pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

Segundo o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, o objetivo do sistema prisional de Mato Grosso do Sul é eliminar completamente as comunicações ilícitas dentro das unidades prisionais.

"A Agepen tem realizado inspeções constantes, além de implementar tecnologias para revistar visitantes e monitorar de perto qualquer caso de corrupção, e a Operação Mute vem somar nesse propósito", afirmou.

As atividades de inspeção começaram pelo Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, localizado no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, na Capital do Estado. As inspeções, conduzidas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações, tiveram início por volta das 8 horas, com a participação do Comando de Operações Penitenciárias (Cope), responsável por retirar os internos das celas e garantir a segurança durante as revistas realizadas pelos policiais penais do presídio.

A Operação Mute recebeu esse nome em referência à palavra "mudo" em inglês, refletindo a intenção de silenciar a comunicação externa dos internos, focalizando especialmente na apreensão de dispositivos de comunicação proibidos, como telefones celulares.

Os resultados das inspeções serão divulgados pela Senappen ao término da operação em todo o país, na sexta-feira.

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