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ESTADO DE CALAMIDADE Governo de MS envia helicóptero para resgatar vítimas das enchentes no RS Aeronave está equipada com imageador térmico e guincho elétrico para o resgate de pessoas em áreas isoladas e de difícil acesso 4 MAI 2024 • POR Naiara Camargo • 09h45
Cinco militares partiram por meio aéreo nesta sexta-feira (3)   DIVULGAÇÃO/Governo de MS

Helicóptero do governo de Mato Grosso do Sul está a caminho do Rio Grande do Sul para auxiliar no resgate de vítimas das enchentes.

A aeronave saiu de Campo Grande (MS) na noite desta sexta-feira (3) e chegará em Lageado (RS) neste sábado (4), onde foi montada uma base de resgate aéreo das forças de segurança que integram a missão de auxílio às vítimas.

A tripulação é composta por policiais e bombeiros militares especialistas em busca e salvamento.

O helicóptero é do prefixo PT-FRN, esquilo e pertencente a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).

A aeronave está equipada com imageador térmico e guincho elétrico para o resgate de pessoas em áreas isoladas e de difícil acesso. É possível içar até duas pessoas, suportando um peso de 204 quilos.

Gaúcho e cabo da Polícia Militar, Carlos Eduardo Hickman, é dos militares que está indo para o Rio Grande do Sul.

"Sou mecânico de aeronaves, helicópteros, e tripulante operacional que faz parte da equipe que está indo ajudar o povo gaúcho. Para mim é uma honra poder fazer parte dessa missão humanitária", comentou o policial.

Nesta sexta-feira (4), nove militares do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) saíram de Campo Grande (MS) com destino a Monte Negro (RS).

A equipe se desloca por meio terrestre e é composta por oito mergulhadores e um médico, distribuídos em duas viaturas carregadas com dois barcos motorizados.

A previsão é que os bombeiros permaneçam, por no mínimo, 10 dias em solo riograndense.

CALAMIDADE

Boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul neste sábado (4) aponta que as chuvas já resultaram em 56 mortes, 67 desaparecimentos e 74 feridos, em todo o Estado, desde terça-feira (30). Até o momento, existem 8.296 desabrigados e 24.666 desalojados.

As chuvas atingem 281 municípios do RS. Segundo a Defesa Civil, 350 mil pontos residenciais e comerciais seguem sem energia elétrica.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao menos 128 trechos de 68 rodovias estavam total ou parcialmente bloqueados, incluindo estradas e pontes.

Alguns foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.

Na quarta-feira (1º), o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o estado por causa das fortes chuvas.

A medida estabelece que os órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.

O decreto é válido por 180 dias e não impede que o governo estadual reconheça (homologue) decretos de calamidade pública declarados pelas prefeituras.

O decreto de estado de calamidade pública é o reconhecimento legal, pelo Poder Público, de uma situação anormal, provocada por desastres, e que causa sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança e/ou à vida das pessoas.

O texto classifica a situação como um desastre do nível III, ou seja, de grande intensidade. O que significa que os danos já são vultosos, embora suportáveis e superáveis caso as comunidades e órgãos e entidades públicas estejam devidamente informadas, preparadas e mobilizadas e haja o necessário aporte de recursos financeiros.

O decreto também permite ao governo adotar medidas administrativas para agilizar o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais.

* Com Agência Brasil