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Segurança Telas são instaladas para tentar evitar "arremesso de drogas" em presídio de Campo Grande A previsão é que a muralha e o telamento do pavilhão 1 do presídio Jair Ferreira de Carvalho, localizado no bairro Jardim Noroeste, seja entregue em julho 20 MAI 2024 • POR Laura Brasil • 15h15
Instalação da muralha de 8 metros e telamento no presídio de segurança Máxima   Divulgação Agepen

Em mais uma fase de obras, na tentativa de inibir lançamento de drogas e celulares, no presídio Jair Ferreira de Carvalho, popularmente conhecido como Máxima de Campo Grande, está recebendo a instalação de telas sobre pavilhões e solários.

A medida vem sendo tomada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen), para tentar inibir a prática de entrada de drogas ou aparelhos celulares por cima dos muros, que são costumeiramente arremessados. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, as obras estão em andamento, seguindo uma diretriz nacional que iniciou com a construção do muro de contenção com altura estimada em 8 metros de altura em concreto usinado que servirá como base para a instalação das telas. 

Muro de contenção

A reforma na Máxima, que está localizada no Jardim Noroeste, iniciou no ponto mais próximo da rua, o prazo para finalizar o muro do pavilhão 1, juntamente com a cobertura está previsto para julho. 

As telas, segundo a Agepen, serão resistentes para que os detentos não consigam abrir brechas ou ilícitos entrarem no presídio. 

Serão quatro muros de contenção, o próximo passo será realizado no pavilhão 2. A reforma, que aumenta a segurança, faz parte das ações da Operação Mute, que faz parte de uma ação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) com a ideia de cortar comunicações e reforçar a segurança do sistema penitenciário do país.

Com a utilização da tecnologia por meio de drones, o telamento é uma maneira eficaz de prevenção de objetos proibidos dentro do sistema carcerário.

Medidas de segurança

A tecnologia será forte aliada da Agepen, para aumentar a segurança no estabelecimento penal, entre elas estão a instalação de câmeras com sensor de movimento que pode auxiliar os agentes a impedir eventuais tentativas de fuga. 

Outro ponto apontado foi a utilização de bloqueadores de sinal, que acabou não conseguindo ser totalmente eficaz. A Agepen informou que no presídio existem "pontos sombra" locais em que o sinal não é bloqueado. Além disso, como a Máxima fica próxima à vizinhança, o bloqueador interfere no sinal dos populares.

"Estamos comprometidos em garantir um sistema penitenciário mais controlado, reduzindo a influência da criminalidade e protegendo a sociedade", afirma o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini e completou:

"A meta é erradicar a comunicação ilegal em presídios, diminuindo os riscos associados à atividade criminosa organizada dentro e fora das prisões".

Presídios de MS

O padrão de segurança será seguido por todos os presídios do Mato Grosso do Sul, sendo que na Penitenciária Estadual de Dourados, está em início de instalação, enquanto a Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas, o telamento foi feito em três dos quatro pavilhões. 

Com isso, a prática criminosa de lançamento por drones que eram feitos mais de uma vez por semana diminuíram consideravelmente. Veja outras medidas de segurança adotadas: 

A tecnologia do raio-x tem sido uma aliada durante as inspeções tanto corporais quanto dos pertences de todas as pessoas que acessam o complexo de segurança. 

Mesmo com todas as medidas de segurança, os chamados "pentes finos" feitos nas celas resultaram na apreensão de  3.883 celulares no ano passado e o primeiro trimestre de 2024, o número fica mais robusto por levar em conta as interceptações de objetos arremessados. 

Por fim, para cortar toda a comunicação como medida de enfrentamento ao crime, estão isolando e transferindo criminosos de alto escalão em facções que possuem ramificações no estado, para o Complexo da Gameleira. 

"São várias as medidas que fazem parte de uma abordagem abrangente para fortalecer a segurança no sistema penitenciário", finaliza o diretor-presidente da Agepen.

A Operação Mute recebeu esse nome em referência à palavra "mudo" em inglês, refletindo a intenção de silenciar a comunicação externa dos internos, focalizando especialmente na apreensão de dispositivos de comunicação proibidos, como telefones celulares.

** Colaborou Alanis Netto

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