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NOVO VICÍO

Em 2° no ranking, MS tem 30 mil usuários de cigarro eletrônico

Estado é o segundo com maior número de incidências de consumo do produto no país; no Brasil, número de consumidores aumentou 600% em cinco anos

1 JUN 2024 • POR Felipe Machado • 12h45
Número de consumidores continua crescendo no país, mesmo com proibição da Anvisa   Foto: Pixabay

Segundo pesquisa divulgada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), que analisou dados de 2018 a 2023 com pessoas de 18 a 54 anos, o Mato Grosso do Sul é o segundo Estado do país com maior número de incidências do cigarro eletrônico, com 4% da população analisada (aproximadamente 31 mil pessoas) consumindo o produto, atrás apenas do Paraná, com 4,5%.

Importante salientar que hoje o Estado apresenta, aproximadamente, 764 mil pessoas de 18 a 54 anos, segundo reflexo dos números do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Incidência do cigarro eletrônico por Estado - Fonte: Ipec

Em 2018, o MS tinha apenas 0,7% de consumidores, mas, como todo o país, passou por um aumento gradual até chegar aos 4% registrados no ano passado. A nível nacional, o número de consumidores aumentou em 600% nesses últimos seis anos. 

Há seis anos atrás, o Brasil tinha apenas 0,3% de incidência, mas este dado sofreu um salto para 1,8% em 2023. Em números brutos, o país tinha 499 mil usuários em 2018 e foi para 2,9 milhões.

O Ipec ainda divulga as faixas etárias com o maior registro de cigarros eletrônicos. Os jovens adultos de 18 a 24 anos foram o destaque, com 6,1%. Logo atrás vem os de 25 a 34 anos (3.4%), 35 a 44 anos (1.3%) e 45 a 54 anos (0.7%).

Tipos de Dispositivos Eletrônicos Para Fumar (DEFS) - Fonte: Ministério da Sáude

Sendo uma das primeiras alternativas para quem procura parar com o fumo do cigarro convencional, o eletrônico também apresenta substâncias nocivas à saúde humana, mesmo com cheiros e sabores mais agradáveis. 

Para o Ministério da Saúde, chama-se os tipos do produto de Dispositivos Eletrônicos Para Fumar (DEFS), e são eles: eletrônico, aquecido, produtos híbridos e vaporizadores de erva seca.

Nesta sexta-feira (31), foi celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, com o slogan "Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco", divulgado pelo Ministério da Saúde. Porém, através dos dados apresentados, o Brasil e o Mato Grosso do Sul ainda precisam reforçar as campanhas de combate ao uso e vicío dos produtos tabagistas.

PROIBIÇÃO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe desde 2009, qualquer tipo de venda, importação e propaganda dos chamados dispositivos eletrônicos para fumar - cigarros eletrônicos. Inclusive, nos últimos dois meses, o Ministério da Justiça intensificou o cerco ao produto, multando lojas e apreendendo milhares de unidades dos tais "vapes". 

Além do destaque no número de consumidores, o Mato Grosso do Sul também é destaque nas apreensões do produto. Em 2023, foram 363.911 registros de cigarros confiscados no Estado. No Brasil, houve um aumento de 25% nos confiscos em apenas um ano (entre 2022 e 2023). Em todo o país, foram 1.094.622 unidades apreendidas em 2022 contra 1.367.719 em 2023.

O Ministério da Saúde alerta para os malefícios do consumo do cigarro eletrônico, são eles:

Câncer; Doenças respiratórias e cardiovasculares; Infarto; Morte súbita; Hipertensão arterial.

Caso apresente tosse, dor torácica e dispneia, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e perda de peso, procure o hospital mais próximo para obter o diagnóstico completo.

*Colaborou Suelen Morales.

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