O Senado votará nesta semana a cobrança de Imposto de Importação para compras de até US$ 50, conforme anunciado pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Este tributo afeta principalmente as compras de itens de vestuário feminino por meio de varejistas internacionais.
A cobrança de imposto em compras internacionais até US$ 50 é parte do Projeto de Lei (PL) 914/24, que foi encaminhado ao Senado após ser aprovado pela Câmara dos Deputados.
Originalmente, o PL trata do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), voltado ao desenvolvimento de tecnologias para veículos com menor emissão de gases de efeito estufa. A inclusão da taxação das compras internacionais foi uma decisão do relator da matéria, deputado Átila Lira (PP-PI).
O líder do Governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), solicitou que a tramitação seja realizada em regime de urgência, agilizando a votação. O presidente da Casa consultará as lideranças partidárias para decidir sobre o trâmite do projeto.
Entenda alguns pontos impactados pelo Projeto de Lei:
Mudança Proposta:
- A medida aprovada pela Câmara estabelece que compras internacionais de até US$ 50 terão cobrança de Imposto de Importação (II) com alíquota de 20%.
Negociações:
- O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o PL resultou de uma negociação entre diferentes interesses, visando equilibrar isenções e alíquotas de tributação.
- A reação do setor empresarial, tanto nacional quanto internacional, foi diversificada. A empresa chinesa Shein, por exemplo, criticou a aprovação, prevendo aumento de custos para os consumidores.
Situação Atual e Disputas Comerciais:
- A isenção tributária para compras estrangeiras até US$ 50 gerou controvérsias entre setores da indústria e do comércio no Brasil.
- Entidades brasileiras argumentam que essa isenção cria desequilíbrios na concorrência, prejudicando empresas nacionais.
- A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentaram estudos que destacam o impacto negativo dessa isenção para a economia nacional.
Perspectivas e Considerações Finais:
- A possível aprovação da taxação de compras até US$ 50 representa um avanço no debate sobre a isonomia tributária, embora alguns setores a considerem insuficiente para mitigar as disparidades competitivas.
- O tema continua a ser objeto de discussão entre diferentes segmentos econômicos e políticos, refletindo os interesses variados envolvidos na questão da tributação de compras internacionais.
Com Agência Brasil.