Logo Correio do Estado

CIDADE BRANCA Incêndio em vegetação verde queima desde sábado e deixa Corumbá cinza Mudança do vento de domingo levou fumaça branca da queima incompleta de área alagada para a região urbana da cidade 3 JUN 2024 • POR Leo Ribeiro • 09h17
Cor branca do produto se dá por conta do tipo de material que o fogo está consumindo, nesse caso incêndio em vegetação verde e úmida, definido como "queima incompleta".    Reprodução/ Vivi Amorim e Redes Sociais

Corumbá viu a fumaça chegar até a região urbana - distante cerca de 427 km da Capital - após os ventos do último domingo (02) soprarem para a região urbana da Cidade Branca, o produto do incêndio em vegetação verde que queima desde sábado (1º de junho), longe cerca de três quilômetros da margem do Rio Paraguai. 

Como bem explica o chefe de operações do Sistema de Comando de Incidentes da Diretoria de Proteção Ambiental (DPA) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, Capitão Pedroso - e os corumbaenses puderam observar -, a fumaça bastante esbranquiçada foi direcionada para a cidade pela mudança do vento na data de hoje (03). 

"Ontem o vento teve essa predominância que tirou ele da região da cidade, pois vinha de nordeste então a fumaça não atingiu [área urbana], só que na data de hoje a gente teve essa mudança de direção, que está num processo de transição, então houve direcionamento dessa fumaça para a cidade", aponta Pedroso. 

Segundo o capitão, essa cor branca do produto se dá por conta do tipo de material que o fogo está consumindo, sendo nesse caso um incêndio em vegetação verde e úmida, no que ele define como "queima incompleta". 

"Tem também grande área alagada nessa região, então, por isso, que dá essa coloração aí para fumaça", complementa o chefe de operações do sistema de comando de incidentes. 

Do outro lado do rio

As informações repassadas pelo Corpo de Bombeiros é que esse foco de incêndio na região do canal do Tamengo, detectado ainda em 1º de junho, estava cerca de dois a três quilômetros da margem do Rio Paraguai, ou seja, de difícil acesso. 

Após a detecção no final da tarde de sábado, quando já era "possível verificar no visual da cidade", segundo o capitão, logo nas primeiras horas do domingo, assim que possível a navegação, uma equipe que já estava em pronto emprego. 

Ele ressalta que a agilidade se dá em resposta à ação do Corpo de Bombeiros Militar e Governo do Estado, de manter equipes em bases avançadas, medida iniciada ainda em 14 de maio com o envio de equipamentos por barca. 

"Tem a equipe já no terreno, fizeram a verificação de acesso e na data de hoje a gente vai continuar o trabalho, já inclusive encaminhamos militares para aumentar o efetivo distribuído no terreno para verificar o acesso e possibilidade de combate direto na chama desse foco", conclui o capitão.

Bases avançadas

Como citado acima, ainda em 14 de maio o Corpo de Bombeiros Militar e Governo do Estado começou a instalação de bases avançadas no Pantanal. 

Ao todo, como afirmou o Coronel Adriano Rampazo na ocasião, são 13 bases instaladas, em uma estrutura que compreende: 

Assim como nesses locais há também utensílios de cozinha, com a ideia de que equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul estejam nos locais mais distantes, de forma permanente, enquanto durar o chamado período de temporada de incêndios florestais.

Entre os pontos estratégicos, há bases via terrestre, como na Fazenda Novo Horizonte, Forte Coimbra e Santa Mônica, além de pontos em regiões como Barra do São Lourenço e Jatobazinho, por onde os equipamentos foram levados em barcas pelo Rio Paraguai. 

Assine o Correio do Estado