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Jamil Name Filho vai a júri pela morte de Playboy da Mansão em setembro

Empresário foi assassinado em 2018; Jamilzinho é acusado de ser o mandante, motivado por vingança por ter levado um soco no nariz anteriormente

4 JUN 2024 • POR Glaucea Vaccari • 18h44
Marcel Hernandes foi assassinado em 2018 e Jamilzinho é acusado de ser o mandante   Foto: Arquivo

Pouco mais de um ano após o júri do século, em que foi condenado a 23 anos de prisão, Jamil Name Filho voltará ao banco dos réus, desta vez acusado de participação no assassinato do empresário Marcel Hernandes Colombo, 31, conhecido como playboy da mansão, morto em 2018 em Campo Grande.

O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, marcou para os dias 16 a 19 de setembro de setembro o julgamento, em despacho publicado nessa segunda-feira (3).

Além de Jamilzinho, também são réus o ex-guarda Municipal Marcelo Rios e o policial federal aposentado Everaldo Monteiro de Assis.

Eles vão responder por homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo torpe, além de tentativa de homicídio contra outro rapaz que foi baleado.

Jamil Name e José Moreira Freires também eram réus, mas morreram no decorrer do processo, enquanto outro ex-guarda, Rafael Antunes Vieira, responde por porte ilegal de arma de fogo.

O júri era esperado para ser realizado no ano passado, mas ficou para 2024 devido a questão de logística, tendo em vista que irá ocorrer com a presença do réu, que atualmente está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública será responsável pela transferência dos acusados durante o período de júri.

Jamil Name Filho e Marcelo Rios já foram condenados pelo assassinato do estudante Matheus Coutinho Xavier, no chamado júri do século, realizado durante três dias em julho do ano passado.

Playboy da Mansão

Marcel Hernandes Colombo foi assassinado em um bar situado na Avenida Fernando Correa da Costa, em 2018.

Ele e mais dois amigos estavam sentados à mesa na cachaçaria, quando por volta da 0h, um suspeito chegou ao local de moto, estacionou atrás do carro da vítima e, ainda usando capacete, se aproximou pelas costas e atirou.  

A vítima morreu no local e um jovem de 18 anos foi atingido no joelho.

A motivação do crime, conforme o processo, seria vingança por um desentendido anterior da vítima e Jamilzinho em uma boate, em Campo Grande, quando Marcel deu um soco no nariz de Jamilzinho.

José Moreira Freires, Marcelo Rios e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis foram os intermediários, sendo encarregados de levantar informações sobre a vítima, e Juanil Miranda foi o executor.

O ex-guarda Rafael Antunes Vieira não teve participação no homicídio, mas foi o responsável por ocultar a arma usada no crime.

Júri do século

Em julho deste ano, Jamilzinho foi condenado a 23,6 anos de prisão por ter sido apontado como o mandante da execução do estudante de Direito, Matheus Xavier, então com 20 anos de idade, em abril de 2019, também em Campo Grande.  

O ex-guarda municipal Marcelo Rios, também foi condenado pela execução do garoto, a 23 anos de prisão. Os jurados aceitaram a tese do Ministério Público de Mato Grosso do Sul que ele teve papel de intermediário no fuzilamento do rapaz no portão de casa. 

Vladenilson Daniel Olmedo também está condenado pelo Tribunal do Júri: ele foi submetido a uma pena de pena de 21 anos e 6 meses pelo corpo de jurados.

O julgamento teve início no dia 17 de julho de 2023 pela manhã, e foi encerrado no dia 19, pouco depois das 23h. 

Pelo apurado por investigadores do caso, a ordem determinada por Jamilzinho, passada a dois pistoleiros, quem deveria morrer seria um ex-oficial da Polícia Militar, Paulo Xavier, o PX, pai da vítima, que seria desafeto do réu. Os matadores, para os denunciantes, erraram a missão e atiraram no filho, ao invés do pai.