A Prefeitura de Campo Grande fez um evento ontem para lançar a licitação que escolherá a empresa que deve ficar responsável pela construção do prometido hospital municipal da Capital. O projeto prevê que o Executivo não investirá nem R$ 1 durante aa construção e estruturação do local, entretanto, após a unidade pronta a previsão é de que o aluguel chegue a até R$ 5 milhões.
De acordo com a prefeita Adriane Lopes (PP), a previsão é de que a unidade, chamada de complexo hospitalar, seja entregue em até 24 meses, o investimento será de cerca de R$ 210 milhões, porém, sem dinheiro em caixa, esse recursos virá da empresa responsável pela obra.
“Esse é um hospital de 259 leitos, 15 mil metros de construção, um hospital que vai ficar em uma área do município. Já tem vários hospitais na região e a gente está trazendo esse avanço, ampliando o número de vagas para atendimento na nossa Capital. Um projeto esperado, que há 10 anos está no Plano Municipal de Saúde, mas que agora passa a ser realidade”, declarou Adriane.
A apresentação do projeto reuniu o secretariado do Executivo e a senadora Tereza Cristina (PP), que apoia a prefeita nas eleições municipais.
O edital de licitação, que deve ser publicado no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) de hoje, traz entre seus pontos que o contrato entre a construtura e o município deverá ser no modelo built to suit (BTS), termo que em tradução livre quer dizer “construído para se adequar”.
“Nós, como mais de 90% dos municípios do país, não tem os recursos de imediato para colocar, então essa modalidade ela permite que a gente comece a pagar a partir da entrega, como se fosse um aluguel”, explicou a titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Rosana Leite.
Ainda segundo a secretária, após a construção e de equipar totalmente a unidade, a empresa ainda terá outras atividades a serem feitas quando o prédio for entregue.
“Responsabilidade total deles, não só a construção, mas equipar também, e quando eles terminarem a obra, eles também vão ficar por aproximadamente 20 anos responsáveis pela limpeza, nutrição, jardinagem, segurança, e a gente paga um aluguel”, informou Rosana. Será só depois destes 20 anos que o município poderá dizer que é dono do hospital.
PROMESSA
A obra é prometida há 10 anos pelo Executivo Municipal, no ano passado, a prefeitura chegou a fazer uma coletiva de imprensa, em setembro, para informar que faria uma parceria público-privada para a construção e que a previsão seria de construção em 1 anos, ou seja, que a obra seria empregue ainda na atual gestão.
Entretanto, a ideia só andou neste ano, quando foi definido o terreno onde seria feita a construção. Como havia antecipado o Correio do Estado, o hospital municipal será construído no bairro Chácara Cachoeira, região nobre de Campo Grande, entre as ruas Augusto Antônio Mira e Raul Píres Barbosa. O terreno é avaliado em R$ 29 milhões.
ESTRUTURA
O hospital terá aproximadamente 15 mil metros quadrados de área construída, com guarita, jardim e estacionamento com 225 vagas, além, é claro, do prédio, que terá quatro pavimentos, sendo um subsolo, térreo, primeiro e segundo andares.
A unidade contará com 259 leitos, sendo 49 de pronto atendimento, 20 de Centro de Terapia Intensiva (10 pediátricos e 10 adultos) e 190 leitos de enfermaria (60 leitos pediátricos, 60 leitos adultos para homens e 70 leitos adultos para mulheres).
Além disso, terá Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto e pediátrica, 10 salas de cirurgia, 53 consultórios e 19 salas para a realização de exames.
Saiba
O hospital terá capacidade para 1,5 mil internações ao mês; mil cirurgias; 2,5 mil atendimentos no pronto-socorro; e 13,5 mil consultas e exames.