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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro montaram operação para resgatar joias desviadas Ex-presidente e mais 11 foram indiciados por participar do esquema 8 JUL 2024 • POR Da Redação • 20h00
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro montaram operação para resgatar joias desviadas   Divulgação: Agência Brasil

A Polícia Federal concluiu que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro organizaram uma operação para recuperar parte das joias sauditas desviadas durante seu mandato. A investigação resultou no indiciamento do ex-presidente e de outras 11 pessoas envolvidas no suposto esquema, conforme revelado no relatório cujo sigilo foi levantado nesta segunda-feira (8) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do caso.

Segundo a PF, algumas das joias estavam à venda em lojas nos Estados Unidos, mas foram resgatadas às pressas e repatriadas para o Brasil após a divulgação de reportagens sobre a investigação do esquema de venda ilegal dos itens e uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) exigindo a devolução dos bens em março de 2023.

Os investigadores conseguiram rastrear pelo menos três conjuntos de joias que foram recuperados. Um kit masculino da marca Chopard foi retirado da Fortuna Auctions em Nova Iorque.

O segundo conjunto, que inclui um relógio Rolex de ouro branco, estava em um estabelecimento em Miami e foi retirado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O terceiro conjunto de esculturas, presenteado por autoridades do Bahrein, estava na residência do pai de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, general da reserva do Exército, que morava na mesma cidade nos Estados Unidos.

A PF também mencionou que um relógio da marca Patek Philippe foi levado para os Estados Unidos, mas encontra-se desaparecido.

"Mauro Cesar Lourena Cid seria ainda a pessoa responsável por receber, em nome e benefício de Jair Messias Bolsonaro, os recursos provenientes da venda dos bens. Por fim, identificou-se que os valores obtidos com as vendas eram repassados diretamente para Jair Bolsonaro, em dinheiro vivo, evitando intencionalmente os mecanismos de controle e o sistema financeiro formal, possivelmente para evitar a detecção pelas autoridades competentes", concluiu a PF.

**Com informações de Agência Brasil