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MATO GROSSO DO SUL

MS mira quatro novos empreendimentos em celulose até 2032

Com balança comercial "salva" pelo segundo principal produto exportado por Mato Grosso do Sul, anúncio foi feito após reunião ontem (08) com a cúpula do Vale da Celulose

9 JUL 2024 • POR Leo Ribeiro • 11h00
No encontro com Riedel esteve presente a direção da Indústria Brasileira de Árvores e demais representantes do setor   Reprodução/B.C/GovMS

Após reunião entre a cúpula do Vale da Celulose e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o Governo do Estado mira até 2032 quatro possíveis novos empreendimentos nesse setor, do segundo principal produto exportado por MS.

Conforme o Governo do Estado, Mato Grosso do Sul subiu para o primeiro lugar no ranking de exportação de celulose, cuja explosão de preço "salvou" a balança comercial de MS, como bem apontou o Correio do Estado

Diante dessa referência consolidada, a intenção do Governo do Estado é se isolar nessa liderança, uma vez que a exportação responde por 24% da produção brasileira da commodity atualmente. 

No encontro com Riedel esteve presente a direção da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais, e os seguintes representantes do setor, na figura do presidente, Paulo Hartung, além dos seguintes representantes do setor: 

Júnior Ramires e Dito Mario, da Reflore. Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., diretor da Ibá; Douglas Lazaretti e André Vieira, da Suzano; Germano Vieira, da Eldorado; Mauro Quirino e Manoel Browne, da Bracell; Carlos Altimiras e Theófilo Militão, da Arauco; e Darcio Berni, diretor-executivo da Assoc. Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP);

Sem maiores detalhes de quais seriam esses empreendimentos, ou as gigantes por trás da execução, o Governo se resumiu em apontar as possíveis quantidades, que seriam pelo menos quatro, e a data limite de 2032. 

Na ponta do lápis, essa expansão, que dobraria atual capacidade de produção do Estado, demandaria cerca de cem mil novos empregos, ao menos 24 mil diretamente e outros 69 mil indiretos. 

Panorama e previsão

Mato Grosso do Sul conta com uma capacidade instalada estimada em 4,9 milhões de toneladas anuais de celulose, movidas por três linhas que funcionam no município de Três Lagoas. 

Quanto às toneladas anuais de produção, as capacidades de cada linha são:

Suzano Linha 1 - Três Lagoas | R$ 1,3 milhão Suzano Linha 2 - Três Lagoas | R$ 1,95 milhão Eldorado - Três Lagoas | R$ 1,7 milhão. 

Extrapolando o cronograma em um mês, o Projeto Cerrado, da Suzano, previsto para ser inaugurado para o sexto mês de 2024, atrasou essa ampliação da capacidade, porém, há uma festa interna na empresa agendada para 30 de julho que deve marcar o lançamento da linha de produção. 

Além dessa, a primeira linha da Arauco, no município de Inocência, está prevista para ser inaugurada em 2028, trazendo uma capacidade de processamento de 2,5 milhões de toneladas de celulose ao ano. 

Justamente o "aquecimento do mercado da celulose" motivou até mesmo o adiantamento das obras dessa primeira planta processadora, já que o cronograma previa início da execução só para 2025. 

Em seu projeto original, a chilena Arauco já previa uma segunda planta, duplicação de investimento que também foi sinalizada pela Eldorado, a ser edificada também em Três Lagoas. 

Já em meados de maio as apurações apontavam para esse incremento do Vale da Celulose, uma vez que o próprio Governo sinalizava que há "espaço para a base florestal de eucalipto crescer em Mato Grosso do Sul". 

Mirando essa quarta vaga na expansão eram cogitadas duas multinacionais: 

Portucel Moçambique, empresa criada pela portuguesa The Navigator Company. Paper Excellence, parceira da J&F Investimentos na Eldorado,

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