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Empresa oferece deságio de R$ 1,4 mi e vence licitação da Ernesto Geisel Serão investidos R$ 20,9 milhões para a conclusão do trecho entre as ruas Bom Sucesso e Abolição, valor 6,4% inferior aos R$ 22,4 mi do teto do projeto 15 JUL 2024 • POR Alanis Netto • 09h40
Promessa de revitalização teve início em 2011   Marcelo Victor/Correio do Estado

A "novela" da revitalização da Avenida Presidente Ernesto Geisel ganhou um novo capítulo - agora promissor - nesta segunda-feira (15). Depois de uma tentativa de licitação malsucedida em agosto do ano passado e de um reajuste de 13,7% no valor do projeto para tentar atrair concorrentes, a Prefeitura de Campo Grande finalmente anunciou a empresa vencedora.

A HF Engenharia e Construção LTDA receberá R$ 20,9 milhões para a conclusão do trecho entre as ruas Bom Sucesso e Abolição, nas margens do Córrego Anhanduí, na região do bairro Marcos Roberto, próximo ao shopping Norte Sul Plaza. A publicação foi feita na edição do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) de hoje.

No primeiro edital, do ano passado, a licitação apontava para um investimento máximo de R$ 19,7 milhões. No entanto, nenhuma empresa se interessou. Por isso, em junho deste ano, foi feito um reajuste de 13,7% no valor, o que fez com que quatro empresas apresentassem propostas.

O valor anunciado agora, de R$ 20.997.679,09, é 6,4% inferior aos R$ 22.450.994 do reajuste.

Necessidade

Com a obra inacabada e parada há cerca de três anos, margens do córrego Anhanduizinho viraram sinônimo de trânstornos para moradores da região e usuários da avenida. Foto: Marcelo Victor

Obras chegaram a começar no trecho em 2018, mas não foram concluídas. Por conta do abandono da obra, o tráfego no sentido bairro-centro está parcialmente interditado faz mais de três anos. Além disso, parte do local virou ponto de descarte de lixo e entulhos.

Novo PAC

A revitalização da avenida já está prevista no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), anunciado em agosto do ano passado. Para repaginar toda a Ernesto Geisel, serão necessários em torno R$ 150 milhões dos cofres do Governo Federal, conforme estimou a prefeita Adriane Lopes à época do anúncio do PAC.

Relembre

Em 2011 foram lançadas a primeiras licitações e firmado o convênio com o Governo Federal para a revitalização da Ernesto Geisel. À época, Campo Grande estava sob mandato de Nelsinho Trad. No ano seguinte, um evento festivo chegou a ser realizado no shopping Norte Sul Plaza para anunciar prováveis datas para início dos trabalhos. 

Porém, a gestão de Alcides Bernal e Gilmar Olarte (2012 a 2016) acabou e nada saiu do papel. Em 2018, já na administração de Marquinhos Trad, os trabalhos começaram e somente um trecho foi concluído, entre as ruas Santa Adélia e Abolição. 

O segundo trecho, que agora será retomado, tinha orçamento inicial previsto de R$ 25,6 milhões. Cerca de 58% da obra chegou a ser executada, mas mesmo assim será necessário o investimento da ordem de R$ 20 milhões agora para concluir o restante. 

Para a próxima gestão

Caso tudo ocorra como o esperado, a obra deve ser entregue no ano que vem, ou seja, caso Adriane Lopes não seja reeleita, a revitaçização terá passado pelas mãos de seis prefeitos: Nelsino Trad, Alcides Bernal, Gilmar Olarte, Marguinhos Trad, Adriane Lopes e o próximo.

Colaborou: Neri Kaspary.

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