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TELEVISÃO

Andréa Bak, a Esperança de "No Rancho Fundo"

A atriz fez série do Globoplay e já atuava como poeta e rapper antes de estrear em novelas

29 JUL 2024 • POR Márcio Maio/TV Press • 14h36
Andréa Bak, a Esperança de "No Rancho Fundo"   Thais Ramos/Divulgação

Atriz, poeta e rapper. Não faltam aptidões para Andréa Bak, a bem-humorada Esperança de “No Rancho Fundo”. E sua trajetória até chegar à televisão está longe de ser curta. Hoje com 23 anos, ela começou no teatro em projetos sociais aos 9 e nunca mais parou de se envolver com a arte.

Hoje, se encanta com o alcance da novela das 18h da Globo, enquanto se acostuma com o fato de, agora, ser uma pessoa pública. “São mais de 23 milhões de pessoas simultaneamente, no mundo, assistindo.

Posso ter parentes no Brasil que não saibam que são do mesmo sangue e adorando minha personagem, se identificando com ela”, deslumbra-se a carioca.

A chance para conquistar o papel de Esperança veio do primeiro trabalha que Andréa conquistou na tevê.

Em 2022, depois de algumas tentativas, ela foi chamada para um teste que lhe rendeu a chance de viver a talentosa Cacá na série “Vicky e a Musa”, que tem duas temporadas já lançadas pelo Globoplay, plataforma de streaming da Globo.

“Acredito que tenha feito um bom trabalho. Recebi o teste de ‘No Rancho Fundo’ pela Patrícia Rache, produtora de elenco. Quando coloquei o texto na boca, já sabia que a personagem seria minha”, conta.

Na trama, Esperança é a filha do meio de Primo Cícero, vivido por Haroldo Guimarães, dono do entreposto que abastece o garimpo da região de Lapão da Beirada, cidade fictícia onde se passa a história.

As irmãs dela são a fofoqueira Fé, papel de Rhaisa Batista, e a caçula Caridade, interpretada por Clara Moneke. “A Esperança é bonita, bem-humorada e se faz de santa.

O que ela quer mesmo é arranjar marido, seja ele magro ou gordo, alto ou baixo. Mas tem toda a confiança do pai, porque finge fazer o jogo dele e se aproveita disso para tirar vantagem”, descreve.

De cara, Andréa se empolgou com a oportunidade de trabalhar com o autor Mário Texeira e o diretor artístico Allan Fiterman. “Brilharam mais ainda os meus olhos”, assume.

Quando menciona o que mais chamou sua atenção na personagem, porém, o lado sonhador da atriz dá lugar a uma visão um tanto realista.

“O que me encantou foi, antes de tudo, ela ter uma família. É bem difícil ver personagens pretos terem família e grandes enredos. Mas as coisas estão mudando e fico feliz de fazer parte desse momento”, avalia.

O processo de composição de Esperança, segundo sua intérprete, se iniciou quando Andréa sequer tinha a confirmação de que o papel seria dela. “Começou nos testes. Aprendi nos últimos tempos a, desde os estudos para a seleção, propor uma boa caracterização, ainda que simples. Busco objetos e pessoas que se assemelham”, explica. Nesse caso específico, a principal referência foi a própria mãe da atriz, Dulcinéia Maria.

“Ela vem do interior do sertão e pode me passar, além do sotaque, também as gírias e a simplicidade das roupas que usava, a inocência e a pureza que tinha antes de chegar à cidade grande”, defende. Além disso, Andréa resolveu se grudar ainda mais a um amigo de faculdade. “O Bruno Mendes é de Recife. Para naturalizar meu sotaque, ele foi um ótimo professor”, entrega ela, que tem formação em Química, mas atualmente cursa Bacharelado em Artes Cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras, a CAL.