Após o atropelamento que resultou na morte do indígena Catalino Gomes Lopes, indígenas seguiram com protestos no Anel Viário em Dourados, durante a manhã desta quarta-feira (31).
A comunidade local fechou a pista para realizar o velório e exigiu a presença de autoridades em busca de melhorias na sinalização vertical e horizontal ao longo da via que margeia a aldeia Bororó e acampamentos.
Com as solicitações em mãos, a Polícia Militar juntamente com a FUNAI e o Gerente do DETRAN em Dourados compareceram ao local de interdição e após uma interlocução com os representantes dos indígenas houve a liberação total da rodovia MS- 379.
De acordo com informações do Dourados Agora, Catalino seguia de bicicleta pela rodovia, quando foi atingido pela caminhonete. O clima ficou tenso no local e o motorista responsável precisou ser escoltado pela polícia.
Em protesto, indígenas bloquearam a via com galhos e ameaçaram colocar fogo na caminhonete. No veículo estavam quatro pessoas que precisaram ser retiradas do local, escoltadas, para não serem agredidas.
Equipes de reportagem que cobriam o fato chegaram a ser ameaçados pelos manifestantes e foram retirados, escoltados. Foi orientado que a imprensa não fosse ao local devido o perigo.
Foi necessária também, a utilização de tiros de munição não letal e uso de gás pela Polícia Militar para dispersar a confusão. A região onde aconteceu o acidente é travessia de indígenas que seguem para a cidade e também de motoristas para chegar ao centro, condomínios de luxo e bairros de classe média.
A Polícia Militar Rodoviária informou que todos os integrantes do veículo foram submetidos a testes de bafômetro, os quais deram negativo. Por sua vez a Polícia Civil compareceu ao local do crime e realizou os procedimentos periciais juntamente com equipe de Perícia.
A negociação ocorreu de forma pacífica e contou com a presença da Força Nacional.
- Confira a carta dos manifestantes: