Logo Correio do Estado

podcast correio rural Previsões Climáticas Apontam Desafios para Pecuaristas nos Próximos Meses Previsão de La Niña e Tempo Seco Apresentam Desafios para Produção Pecuária 5 AGO 2024 • POR Bruno Blecher / edição podcast Denis Felipe • 04h00
PODCAST CORREIO 1920X1080  

Os pecuaristas devem se preparar para enfrentar desafios climáticos significativos nos próximos meses, de acordo com previsões divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e pela Climatempo.

As estimativas indicam que o inverno será influenciado pelo fenômeno La Niña, trazendo condições climáticas distintas das observadas no ano passado, quando o El Niño teve atuação predominante.

Impacto nas Pastagens

Com a previsão de um tempo seco e temperaturas acima da média tanto no Sudeste quanto no Centro-Oeste, a oferta de pastagens deve ser severamente afetada.

A escassez de chuvas, especialmente em regiões do interior de São Paulo e Minas Gerais, pode resultar em pastagens mais pobres, o que impacta diretamente a alimentação do gado e, consequentemente, a produtividade da pecuária.

Ouça na íntegra no Spotify:

Condições Climáticas no Sudeste e Centro-Oeste

No Sudeste, as regiões interioranas de São Paulo e Minas Gerais são as mais afetadas, com previsão de um longo período sem chuvas entre julho e agosto. Apesar das temperaturas elevadas, as ondas de frio que atingiram a região em julho aumentam o risco de geadas, fenômeno que pode continuar em agosto. Setembro também deve manter o padrão seco, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas.

No Centro-Oeste, a previsão é de um inverno extremamente seco, com poucas chuvas previstas para agosto. Embora possam ocorrer temporais isolados em partes de Mato Grosso do Sul, as chuvas serão escassas. O norte de Mato Grosso e Goiás deve receber apenas pancadas esparsas de chuva em julho. Agosto trará mais dias frios, especialmente no sudoeste de Mato Grosso do Sul, onde há risco de frio intenso e geadas.

Repercussões Econômicas

Além das adversidades climáticas, os pecuaristas precisam ficar atentos às estimativas de volumes de gado confinados e às tendências das exportações para projetar seus ganhos nos próximos meses. A combinação de pastagens escassas, clima seco e temperaturas elevadas pode resultar em aumento dos custos de produção e desafios adicionais para manter a competitividade no mercado.

Essas informações são cruciais para que os produtores rurais ajustem suas estratégias e mitiguem os impactos das condições climáticas adversas, garantindo a sustentabilidade de suas operações.

As próximas semanas serão decisivas para o planejamento dos pecuaristas, que devem considerar todas essas variáveis ao tomarem decisões estratégicas. Monitorar as previsões climáticas e ajustar o manejo do gado conforme as condições esperadas pode ser a chave para atravessar esse período com o menor impacto possível.

A Climatempo e o Cepea continuarão atualizando as previsões e orientações para os pecuaristas ao longo dos próximos meses.