Agro Brasileiro Lidera Sustentabilidade Global, Revela Pesquisa
Uma recente pesquisa conduzida pela Mackenzie destaca o Brasil como líder mundial em práticas agrícolas sustentáveis.
Apresentada durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, a pesquisa abrangeu nove países e 4.500 produtores rurais, evidenciando o papel pioneiro do Brasil na adoção de insumos biológicos e práticas regenerativas.
Uso de Insumos Biológicos em Alta no Brasil
De acordo com o estudo, 61% dos produtores brasileiros utilizam insumos biológicos no manejo de pragas, um percentual significativamente superior ao da União Europeia (25%) e dos Estados Unidos (12%). Apesar de uma leve queda de 6 pontos percentuais em relação ao ano anterior, o Brasil continua a avançar em práticas agrícolas sustentáveis, com 63% dos produtores adotando biofertilizantes, um aumento de 12 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.
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Desafios em Automação e Conectividade
Embora o Brasil se destaque em práticas sustentáveis, há desafios a serem enfrentados em termos de automação. Tecnologias como softwares de gerenciamento, hardware de agricultura de precisão, sensoriamento remoto e inteligência artificial ainda estão subutilizadas, principalmente devido à escassez de mão de obra qualificada e problemas de conectividade nas fazendas.
Expansão de Terras e Potencial de Exportação
A pesquisa também aponta a necessidade de 70 a 80 milhões de hectares adicionais até 2030 para atender à crescente demanda por alimentos e energia. O Brasil tem um papel crucial na restauração de terras degradadas, possuindo cerca de 100 milhões de hectares nessas condições.
No cenário global, o Brasil se projeta como um dos maiores exportadores de grãos e carnes, com projeções do Departamento de Agricultura dos EUA indicando que o país será responsável por 66% da soja, 33% do milho e 30% do algodão adquiridos nos mercados globais até 2033-2034.
Desafios e Oportunidades para o Futuro
Durante o congresso, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, destacou a importância da bio competitividade do agro brasileiro, caracterizado por alta produtividade e baixas emissões. Ele também alertou para o crescimento de medidas protecionistas e a necessidade de revitalizar formas efetivas de multilateralismo, com a China e a Índia emergindo como mercados fundamentais para o agronegócio brasileiro.