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MS e Uruguai debatem a importância da Hidrovia Paraguai-Paraná A hidrovia que liga o interior do continente aos oceanos, têm o potencial de operar durante todo o ano para transportar além de minérios, commodities agrícolas 15 AGO 2024 • POR Alicia Miyashiro • 15h00
MS e Uruguai debatem a importância da Hidrovia Paraguai-Paraná
MS e Uruguai debatem a importância da Hidrovia Paraguai-Paraná   Saul Schramm

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, se reuniram na última quarta-feira (14) para discutir estratégias a fim de fortalecer o comércio e a integração regional.

Um dos principais temas abordados foi a importância da Hidrovia Paraguai-Paraná, para o escoamento da produção sul-mato-grossense e a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. A hidrovia que liga o interior do continente aos oceanos, têm o potencial de operar durante todo o ano para transportar além de minérios, commodities agrícolas. 

Além de Riedel e Luis Pou, o encontro contou com as presenças do embaixador uruguaio no Brasil, Guillermo Valles Galmés, e dos secretários de Estado de Mato Grosso do Sul, Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento).

Nos últimos três anos, foram investidos R$ 5 bilhões na mineração em Corumbá e Ladário, municípios de Mato Grosso do Sul. A subsidiária do grupo J&F Mineração, a LHG Mining, foi a responsável por essas operações na região.

Toda a carga produzida na região é transportada pelo porto de Gregório Curvo, em Corumbá, através de barcaças no rio Paraguai. Essas barcaças seguem até o Uruguai, onde, no rio da Prata, a carga é transferida no porto de Nueva Palmira para navios maiores que seguem para a China ou Europa.

Esse transporte ocorre mensalmente e é a principal rota para o escoamento do minério de ferro e manganês extraídos na região de Corumbá. A produção anual é de 8 milhões de toneladas, um aumento significativo em relação aos 4,5 milhões de toneladas de anos anteriores. Esse crescimento resulta em mais empregos, maior renda, um aumento no fluxo de dinheiro e um desenvolvimento socioeconômico mais robusto.

Além das hidrovias, os modais de transporte existentes são o aeroviário (o mais caro de todos), rodoviário (segundo mais oneroso) e ferroviário, sendo assim o hidroviário o mais barato. 

Ao ampliar a capacidade da Hidrovia Paraguai-Paraná, a ideia é potencializar não apenas a estrutura de exportação sul-mato-grossense, mas de estados vizinhos e de países que estão nesta rota, como Paraguai, Argentina e o próprio Uruguai.