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AGENDA CULTURAL

Glória Metal

O grande destaque é a turnê de despedida da banda Sepultura, maior nome do heavy metal brasileiro, que passa por Campo Grande neste sábado

16 AGO 2024 • POR Da Redação • 10h00
Criada em Minas Gerais, em 1983, a mais aclamada banda de heavy metal do País apresenta amanhã, no Guanandizão, o show da sua turnê de despedida, "Celebrating Life Through Death"   DIVULGAÇÃO/Edu DeFFerrari

São 15 álbuns lançados – fora discos ao vivo, EPs e coletâneas – e mais de 50 milhões de cópias vendidas, além das altas cifras no streaming e das multidões que lotaram, e seguem lotando, seus shows em 80 países ao redor do planeta, de Cuba ao Japão.

Mais que números, o que faz do Sepultura um grupo único é o modo singular com que se apropriou do thrash metal para fazer dessa vertente do rock pesado um estilo capaz de dialogar com sonoridades até então alheias ao segmento, como as músicas africana, tribal, indígena e japonesa.

Tudo isso sem abrir mão da pancada rítmica e de guitarras tão rápidas e sujas quanto elaboradas que abrem caminho para as letras de pegada soturna e desesperada nos vocais graves e severos, sem chance para as redenções fáceis ou de audição descartável.

Parece uma receita obtusa, se é que se pode chamar de receita, mas o fato é que a banda criada em 1983 fechou as suas quatro décadas de atividade, no fim do ano passado, anunciando a turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”.

O nome de Campo Grande não apareceu na primeira lista das cidades contempladas, mas, assim que a Capital figurou no roteiro, que, além de varrer o Brasil, passa por outros países das Américas e da Europa, a comoção foi geral. Após cinco meses de espera, desde o início da turnê, em março, em Belo Horizonte, chegou a vez dos roqueiros de Campão baterem cabeça por seus ídolos.

De Campo Grande vírgula, porque muita gente de fora – outras cidades, estados e até países – prometem lotar o Guanandizão, onde o Sepultura se apresenta neste sábado.

Os portões do ginásio, localizado na Av. Pres. Ernesto Geisel, nº 6.859-7.341, Amambaí, vão abrir às 18h, e os ingressos custam de R$ 80 (meia-entrada nas arquibancadas) a R$ 330 (setor vip em pé), mais 5% da taxa de conveniência pelo site da produtora EPF – https://ingressos.epfprodutora.com.br/comprar-ingresso/sepultura-40-years-tour-5031. A classificação indicativa é de 12 anos. Mais informações: (67) 99255-5382 – das 9h às 19h. Há possibilidade de ingresso social, a partir de R$ 90, mediante a doação de 1 kg de alimento.

A formação atual do Sepultura – Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal) e Paulo Xisto Jr. (baixo) – inclui o baterista nova-iorquino Greyson Nekrutman, em substituição a Eloy Casagrande, que informou seu desligamento aos colegas de banda no dia 6 de fevereiro, poucos dias antes dos ensaios para a megaturnê.

A favor da banda conta a excelência do novo integrante, de apenas 22 anos e escolado não somente no metal, mas também no jazz, que já foi membro do Suicidal Tendencies, outro peso-pesado do thrash. 

“O Sepultura vai parar. Vai morrer. Uma morte consciente e planejada”, disse a banda no comunicado de anúncio da turnê. “Estamos no melhor momento da história da banda e saímos de cena de uma forma muito tranquila”, explicou o guitarrista Andreas Kisser durante a ocasião.

“São ciclos que se fecham e se renovam. Queremos celebrar. Não queria que o Sepultura acabasse com uma briga ou que a gente ficasse velho demais no palco”, cravou Andreas. Se ainda não tem ingresso, corra. Vários setores já estão esgotados. (Marcos Pierry)

METAL HOJE

Já nesta sexta-feira, o heavy metal dá as caras no Mirante Rock Pub (Rua Dr. Zerbini, nº 53, Chácara Cachoeira), a partir das 21h, com a banda cuiabana Sestro e as locais Miséria, Impossíveis e Katástrofe. A noite metal de hoje marca os 10 anos da loja Terror Shop, parceira na produção do evento, e os ingressos, pelo Sympla, custam R$ 40, com direito a meia-entrada para quem doar 1 kg de alimento.

LENINE E GUILHERME

Com abertura do instrumentista, cantor e compositor corumbaense Guilherme Rondon, o pernambucano Lenine se apresenta, neste domingo, no Parque das Nações Indígenas, acompanhado pela SpokFrevo Orquestra, pelo projeto MS Ao Vivo, sob o patrocínio do governo do Estado. Reconhecido por sua maestria na fusão de ritmos tradicionais – guarânia, polca e chamamé – com uma abordagem contemporânea, Rondon, que se iniciou na música aprendendo a tocar piano com a mãe, entra em cena às 17h. Entrada franca.

TELÓ E SATER

Marcando o centenário de Ueze Zahran, Almir Sater e Michel Teló amanhã se apresentam gratuitamente no Parque de Exposições Laucídio Coelho (Rua Américo Carlos da Costa, nº 320, Vila Carvalho). Também se apresentam Chicão Castro e a Orquestra Indígena de Campo Grande. A partir das 16h30min.

KADU

A peça “O Futuro da Humanidade”, baseada na obra de mesmo nome de Augusto Cury, marca a volta de Kadu Moliterno aos palcos e será apresentada, em sessão única, neste sábado, às 21h, no Teatro Glauce Rocha, com direção de Rogério Fabiano.

Os ingressos, de R$ 50 a R$ 150, estão disponíveis no Comper Jardim dos Estados ou pelo site www.pedrosilvapromoções.com.br. Assinantes do Correio do Estado têm direito a 50% de desconto. Mais informações: (67) 99296-6565 – WhatsApp

Na trama, Marco Polo, um jovem psiquiatra, desafia o complexo universo dos tratamentos psiquiátricos tradicionais, defendendo terapias mais humanas e sensíveis às histórias e aos sentimentos dos pacientes. Com mais de cinco décadas de carreira, Kadu vive um mendigo no espetáculo.