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FRONTREIRA Deputado paraguaio é morto pela polícia na fronteira de MS Filho do deputado fugiu e se entregou a polícia na cidade de Amambai (MS) 19 AGO 2024 • POR Alexandra Cavalcanti • 10h45
Fachada da casa de Alexandre Gomes, filho do deputado morto durante troca de tiros com a policial.   Foto: Montagem

Conhecido por "Lallo" e investigado por associação ao narcotráfico, o deputado federal paraguaio Eulalio Batista morreu na madrugada desta segunda-feira (19) após uma suposta troca de tiros com a polícia. O tiroteio ocorreu durante uma operação policial na cidade de Pedro Juan Caballero.

O deputado foi abordado durante a madrugada por Agentes da Unidade Especial de Inteligência Antinarcóticos e da Força Especial de Operações Policiais da Polícia Nacional, que executaram mandados de busca expedidos pelo Juiz Osmar Legal no âmbito da operação, denominada como "Pavo Real II", responsável por investigar e prender suspeitos de envolvimento com o narcotráfico. 

Em comunicação com a rádio paraguaia ABC, o comandante da Polícia Nacional, Carlos Benítez, afirmou que as equipes policiais invadiram duas casas em Pedro Juan Caballero, pertencentes ao deputado Gomes e seu filho Alexandre Rodrigues Gomes, mas foram recebidos a tiros em ambos os casos.

De acordo com o chefe de polícia, o parlamentar morreu logo após uma resposta armada da polícia. Benítez ressaltou que ainda estão "investigando o que exatamente aconteceu" e que a "investigação interna" sobre o caso ainda está no início.

Ainda segundo a polícia, a mesma situação de troca de tiros teria se repetido na casa do filho do deputado. No entanto, Alexandre Gomes fugiu e se entregou um tempo depois na sede da Delegacia de Polícia de Amambai (MS)

Fachada da casa de Alexandre Gomes, filho de deputado morto durante o susposto confronto com a polícia

Tráfico de drogas

Em abril deste ano, Gomes foi acusado de ajudar Ronaldo Mendes Nunes, membro do Comando Vermelho, a escapar de um cerco policial no Paraguai.

Além dele, Alexandre Gomes (seu filho),Luis María Zubizarreta , John Gerald Mathías e o cidadão brasileiro Óscar Daniel Cabrera  foram acusados de ligações com o tráfico de drogas e formação de associações criminosas. 

Gomes negou as acusações de ligação com o tráfico de drogas.