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ENSINO PÚBLICO

Campo Grande piora e cai ainda mais no ranking do Ideb das capitais

Cidade Morena ocupa 21ª colocação (entre 27 capitais) para os anos iniciais da rede pública, ficando em 11º no desempenho dos anos finais na rede estadual e municipal

19 AGO 2024 • POR Leo Ribeiro • 12h31
Nos anos iniciais, Campo Grande teve 5,4 na nota de 2021 e anotou 5,3 no último balanço do Ideb   Marcelo Victor/Correio do Estado

Análise dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - divulgados na última semana pelo Ministério da Educação (MEC) - sobre Campo Grande em 2023, mostram o município tem a sétima pior nota entre as capitais para os anos iniciais da rede pública.

Segundo os dados publicados pelo instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), levando em conta o indicador de análise dos anos iniciais da rede pública - ou seja, escolas estaduais e municipais - a Cidade Morena registrou nota 5,3 na edição 2023 do Ideb. 

Sendo que no levantamento anterior, feito em 2021, Campo Grande teve 5,4 em nota, o índice indica queda e a Cidade Morena só fica a frente dos seguintes municípios: 

(BA) Salvador| 5,3 (5,4 em 2021)  (SE) Aracaju| 5,2 (5,0 em 2021)  (PB) João Pessoa| 5,2 (5,0 em 2021) (AP) Macapá| 5,1 (4,9 em 2021)  (RS) Porto Alegre| 4,8 (4,5 em 2021) (RN) Natal| 4,6 (4,4 em 2021) 

Ainda, se lançado olhar em análise entre os piores, é possível observar também que apenas Campo Grande e Salvador não conseguiram melhorar os índices e pioraram suas notas no Ideb entre um levantamento e outro. 

Abaixo, você confere a relação das capitais, em comparativo com os respectivos desempenhos para os anos iniciais registrados pelo Ideb em 2021 e 2023: 

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Nesses anos iniciais, Campo Grande registra queda no índice desde o levantamento de 2017, anotando 5,7 na nota daquele ano; que se repetiu em 2019 e caiu para 5,4 em 2021; mesma pontuação que havia anotada ainda em 2015. 

Já quando lançado olhar para o desempenho geral da rede pública nos anos finais, Campo Grande figura com uma melhor posição entre as 27 capitais, ocupando o 11º lugar do ranking, porém também com uma piora no índice. 

Isso porque, segundo o Inep, entre os anos de 2021 e 2023, a nota do Ideb para escolas municipais e estaduais da Cidade Morena saiu de 5,1 no balanço passado para 4,8 na divulgação mais recente. 

Entre as 10 primeiras capitais acima de Campo Grande aparecem: (PI) Teresina| 5,7 (5,4 em 2021) (TO) Palmas| 5,4 (5,4 em 2021)  (PR) Curitiba| 5,4 (5,3 em 2021)  (RJ) Rio de Janeiro| 5,2 (5,1 em 2021)  (AM) Manaus| 5,1 (5,0 em 2021)  (GO) Goiânia| 5,3 (5,4 em 2021)  (CE) Fortaleza| 5,2 (5,2 em 2021)  (PE) Recife| 4,9 (5,0 em 2021)  (AC) Rio Branco| 4,9 (4,8 em 2021) 

Abaixo você também confere a nota de cada capital, segundo Inep, no índice para anos finais, além de um comparativo do desempenho com os respectivos resultados imediatamente posteriores: 

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Nessa classificação de anos finais, Campo Grande saiu de uma crescente que era registrada desde 2005, quando a Capital teve 3,5 de nota - anotando 4,2 em 2007; 4,4 por três anos seguidos; 4,8 em 2015 e 2017; até chegar no pico de 5,1 do levantamento de 2021 - que só foi interrompida no índice deste ano. 

Situação local

Divulgados os dados ainda na última semana, como bem acompanhou o Correio do Estado, a educação escolar em MS melhorou e Mato Grosso do Sul, apesar da evolução, ainda figura abaixo da média nacional, anotando 5,6 em 2023 para o índice dos anos iniciais. 

Esse número está a frente dos 5,2 registrados em 2021, porém, ainda não supera a nota de 5,7 que MS marcou no levantamento pré-pandemia de 2019. 

Se feito um ranking entre os Estado, nos anos iniciais Mato Grosso do Sul, que aparece com o mesmo índice de Tocantins e Rondônia, fica na décima sexta colocação, atrás de: 

AC: 5,8  AL: 6,0  AM: 5,7  CE: 6,6  DF: 6,4 ES: 6,3 GO: 6,3 MG: 6,3 MT: 6,0 PB: 5,7  PE: 5,7 PI: 5,9  RS: 6,0  SC: 6,4  SP: 6,5

Já nos anos finais, marcando 4,8 na nota do Ideb de 2023, o Estado - que também empatou no índice com Rondônia e Amazonas -, aparece entre os 10 piores e só ficou a frente de: 

AP: 4,3  BA: 4,2 MA: 4,5 PA: 4,4  PB: 4,5 RN: 4,1 RR: 4,3 SE: 4,4

Enquanto nacionalmente é observada uma relativa melhora geral até na taxa de aprovação, MS e seus municípios mostra um desgaste inclusive nesse índice ao redor dos anos, como pode-se notar na figura abaixo: 

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