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ARTIGOS

A decisão mais importante

21 AGO 2024 • POR Gab Saab, Advogada • 07h45

Desde criança, a mulher é incentivada a brincar de boneca e casinha, em menção ao cuidado com a família. Os desenhos infantis reafirmam ludicamente o ideal para uma princesa: encontrar o seu príncipe encantado e viver feliz para sempre.

Quando adultas, a prática é outra. As mulheres comumente estudam, trabalham, escolhem um parceiro, constituem família, e esse é o ponto que pode mudar suas vidas para melhor ou pior.

Por um lado, se a mulher encontra um companheiro emocionalmente maduro e com sabedoria para apoiar e incentivar o seu sucesso pessoal e profissional, entendendo que juntos poderão ir mais longe, há a possibilidade de sucesso pleno em todas as áreas da vida do casal.

Por outro, muitos são emocionalmente imaturos e, culturalmente, agem de forma abusiva quando acreditam ter o domínio do outro.

A escolha de um companheiro com essas características pode fazer a vida da mulher andar para trás.

Depois do casamento, alguns maridos ainda acreditam que o lugar da mulher é na cozinha, pois lá ela será apenas dele e estará a seu serviço.

Esse tipo de parceiro não apoia seu crescimento profissional, pois não aceita a companheira em uma posição de destaque e superior à posição dele.

Ao puxar o tapete da companheira, o homem faz com que ela assuma a administração do lar e da família, enquanto ele detém posse das finanças, gerando conflitos entre o casal.

É uma questão egoica, e a consequência pode ser devastadora, pois, atualmente, as mulheres entendem o seu valor e reconhecem o seu potencial.

No relacionamento disfuncional, ela se deprime e, por vezes, adoece, enquanto almeja a separação. E nessa hora, o príncipe vira sapo. A união normalmente é atrelada aos bens do casal, e quando a mulher opta pela liberdade e pelo desenvolvimento profissional, a consequência é o divórcio.

Esse caminho pode ser árduo, porque um companheiro com essência controladora potencializará seu domínio nessa fase.

Enquanto lutam judicialmente para desfazer a união, dividir bens e acertar questões relativas aos filhos, a mulher continuará de alguma forma unida àquele homem, em meio a conflitos, ao patrimônio bloqueado ou desviado e aos filhos com desenvolvimento emocional e material comprometido.

Fato é que o casamento é a escolha mais importante da vida de uma mulher. Essa bifurcação pode levá-la ao sucesso ou ao retrocesso. Hoje, mulheres buscam autonomia para conciliar a família, a vida social, e alcançar uma carreira bem-sucedida. Afinal, lugar de mulher é onde ela quiser.

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