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Giba Um

"Espero que meu sucessor não seja julgado pela camisa que usou ao votar",

de Roberto Campos Neto, que deixa a presidência do BC em dezembro, lembrando ter sido criticado por votar com camisa da seleção, símbolo da campanha de Bolsonaro.

21 AGO 2024 • POR Giba Um • 05h00
Giba Um   Foto: Reprodução

A primeira fase da reforma tributária, sobre o consumo, já são favas contadas. Mais complexa, a segunda etapa, focada na renda, virá a seguir. Mas, aos olhos de lúcidos analistas e mesmo de figuras da equipe econômica, ainda falta um grande projeto reestruturante do país: a reforma orçamentária ou um novo pacto federativo.

Mais: para muitos, é a mãe de todas as reformas, fundamental para a organização fiscal do Estado brasileiro. A iniciativa traz riscos políticos, de implementação e governança. Lula terá a missão de cumprir e a super missão de costurar amplo acordão envolvendo Congresso, estados e municípios – e claro, o próprio empresariado.

Gente como a gente

A atriz Nathália Dill, 38 anos, considerada uma das celebridades mais bonita, e retornando as novelas como Vênus em Família é tudo depois de cinco anos de lacuna e uma filha de 3 anos  (Eva), brinca, que a pausa foi uma mistura de fatores: “Foi uma parada muito natural, do que estava estabelecido. Não consigo botar na balança o mercado, a pandemia ou a maternidade. Foi tudo junto para mim. Eu estava vivendo minha licença, meu puerpério. Então, quando me senti apta a voltar, voltei, fazendo teatro. Quando as coisas foram voltando à normalidade, eu fui junto”. Garante que é uma mãe superprotetora e brinca que é superparanoica, mas que apesar das dificuldades,  ama tudo na maternidade e que o momento que se sentiu mais sexy foi na gravidez. E fez uma confissão que poucas pessoas sabiam: que ela tem acne. “Eu tenho muita acne. Sempre tive. Uso maquiagem mais para trabalhar. Fora isso, gosto de deixar a pele respirar. Há uns meses, fui correndo à dermatologista, porque senti um misto de alergia com acne no rosto. Não era nem tanto pelo estético, mas pela saúde”. E no final brinca: “Tenho a impressão de que eu vou chegar à menopausa com espinhas”.

Novo BNDES faz até propaganda

Durante anos, se alguém dizia que o então BNDES estivesse dando lucro, estava tudo errado. O banco do fomento, desde os idos de seu criador, Roberto Campos (avô), tinha sido pensado para fomentar. Uma gota de lucro queria dizer descumprimento de sua função. Durante o governo Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes (Economia) chutou o balde e transformou o banco em um acessório de transferência de renda para o Tesouro. Fomentar virou detalhe. Agora, no governo Lula, o BNDES voltou a dar lucro. Seu presidente, Aloizio Mercadante, entusiasmado, declarou que vai repassar mais de R$ 15 bilhões ao Tesouro para colaborar com a Fazenda no esforço do equilíbrio das contas públicas. Paulo Guedes acha que “fez melhor que eles”. E emenda: “Transferi centenas de bilhões que poderiam ser dedicados a empréstimos para o setor real da economia”.

Muita propaganda

Sem entregar nada de importante sob o comando de Aloizio Mercadante, o BNDES multiplicou – quem diria – em cinco vezes seus gastos de propaganda até agora em 2024. Só neste ano, foram queimados R$ 34 milhões em publicidade em veículos governistas e redes sociais. Representam cinco vezes mais os gastos de R$ 6,2 milhões entre janeiro e julho de 2023 para vender não se sabe o que. Emissoras, sites e jornalões recebem os maiores valores, mas o Google e Facebook também são beneficiados. E tem para os estrangeiros: Financial Times ao The Economist, fora “mídia exterior” em cartazes, outdoors e outros em aeroportos e até pontos de ônibus. Em 2023, gastou R$ 38,8 milhões em publicidade.

Vida discreta

Aos poucos a modelo Gisele Bündchen, vai voltando a publicidade, após um pequeno intervalo, para escrever seu livro com suas receitas favoritas e fáceis de fazer e também por conta de seu divórcio. Gisele apesar da pausa continua sendo a 2ª modelo mais bem paga do mundo, em 2023 recebeu cerca de US$ 40 milhões. Entre tantas publicidades está na nova campanha da  relojoaria IWC Schaffhausen, do qual é embaixadora. Nesta campanha ela posa com o icônico relógio Portugieser que tem suas raízes na década de 1930. Discreta em sua vida pessoal falou pela primeira vez abertamente sobre seu namoro com o modelo, lutador e instrutor de Jiu-Jitsu Joaquim Valente: “Acho que há dias mais fáceis do que outros, e eu só posso controlar o que faço. Onde meu coração está agora é onde eu estou agora. Estou vivendo minha verdade, e não estou me desculpando por isso”. 

100 escolas

O governador Tarcísio de Freitas pretende construir 100 escolas no estado de São Paulo por meio de APPs. Ou seja, três vezes o número previsto para o primeiro leilão de projetos, marcada para 25 de setembro. A licitação prevê a concessão de 33 colégios do ensino médio e fundamental II, da construção à gestão e operação. O investidor privado vai tomar conta do business e o estado, do conteúdo pedagógico e da contratação de professores. Há quem diga que Tarcísio enxerga atrás da lousa. Esse é o típico projeto que, se der certo, vira um dos pilares à sua possível candidatura à Presidência em 2026.

Única saída

Analistas de plantão acham que a rinha entre Judiciário e Legislativo está transbordando para os blocos variados do aparelho do Estado. As Forças Armadas acompanham a disputa entre poderes, que se tornou mais renhida nos últimos dias. José Múcio (Defesa) tem mantido Lula informado sobre o clima de preocupação no meio militar. É um ambiente diferente dos tempos de Jair Bolsonaro. O consenso é que somente Lula, nesse momento, poderia gravitar (e parece já ter iniciado essa única saída) entre os dois lados com seu jeito peculiar de conciliador. A perspectiva, ao contrário do passado, é que o presidente atue entre Judiciário e Legislativo. Ele tem mais trânsito entre os togados do que junto à “República de Arthur Lira”.

Pérola

“Espero que meu sucessor não seja julgado pela camisa que usou ao votar”, 

de Roberto Campos Neto, que deixa a presidência do BC em dezembro, lembrando ter sido criticado por votar com camisa da seleção, símbolo da campanha de Bolsonaro.

EMPODERADO

De certa forma, a crise empoderou Lula. Arthur Lira, presidente da Câmara, pediu a Rui Costa (Casa Civil) que falasse com o presidente para interceder junto a Flávio Dino (STF). Aí Lula, com uma postura cautelosa, chegou a dizer que o Congresso “sequestrou” o orçamento, para logo depois falar da necessidade de negociar com o Legislativo um “acordo razoável” em relação às emendas. Os mais veteranos reconhecem esse método de “morde e assopra” de Lula. E tenta ganhar tempo e alguns poucos líderes políticos enxergam sua capacidade de identificar o timing certo das coisas. Os militares acompanham, desde que seja bem de longe.

Supostamente atrasados

Ainda a crise de emendas: a Comissão Mista do Orçamento rejeitou crédito de R$ 1,3 bilhão ao Judiciário para pagar auxílios supostamente atrasados de 2017 e 2019. O Supremo chancelou por unanimidade a decisão de Flávio Dino, atual ministro do STF de suspender as emendas impositivas. Até a sucessão de Rodrigo Pacheco no Senado e Arthur Lira na Câmara viraram munição na Praça dos Três Poderes. O deputado José Medeiros (PL-MT) resolveu comentar: “Não recebi a decisão do ministro Barroso, presidente do Supremo, como uma afronta. Afronta é quando você briga de igual para igual. Eles não brigam, eles batem”. E os parlamentares só voltarão à reforma tributária no final de agosto.

“Candidato dos sonhos”, não

O ex-presidente Jair Bolsonaro acaba de gravar um vídeo no qual reforça que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição, é o único candidato apoiado por ele e pelo seu partido – e não é bem assim. Quatro dias antes, Bolsonaro havia afirmado que o chefe do Executivo paulistano “não é o candidato dos sonhos”. E elogiou Pablo Marçal (PRTB), em entrevista numa rádio de Natal. Nunes e o ex-coach, dono de uma fortuna de mais de R$ 190 milhões, disputam a mesma fatia do eleitorado. A declaração do ex-presidente de apoio a Ricardo Nunes gerou uma insatisfação dos aliados porque o prefeito acabara de gravar um vídeo ao lado de Joice Hasselmann, candidata a vereadora. O clã odeia a ex-deputada.

Também streaming

No primeiro dia útil após a morte de seu pai, Silvio Santos, Daniela Abravanel Beyruti, vice-presidente do SBT, anunciou em carta aos funcionários mudanças na emissora criada pelo empresário há 43 anos. O comunicado foi lido por Michelle Barros no programa Chega Mais, onde ela conclama os funcionários a perpetuarem o legado do pai. Daniela anunciou mudanças na emissora que vai concretizar um antigo sonho de Silvio: ter a própria plataforma de streaming, que será acessível a todos os brasileiros. E proclamou: “Nasce o “S”, o +SBT”.

FICA  OU  MUDA

Um dos primeiros assuntos que está sendo debatido pela apresentadora Patrícia Abravanel depois da morte do pai com o pessoal da produção e direção de seu Programa Silvio Santos, nome do apresentador mantido enquanto ele permanecesse no comando da sala de sua casa. Ela acha que a atração deverá, doravante, ter seu nome e seu criador ganharia o rótulo de “maior apresentador do país”, distante da atração. Alguns produtores temem pela mudança rápida. Patrícia defende “a rapidez”.

Mistura Fina

O PLENÁRIO  virtual do STF, no qual os ministros não aparecem para defender suas posições, avalizou a decisão monocrática de Flávio Dino para restabelecer o poder do seu chefe, o presidente Lula, de liberar (ou não) emendas parlamentares. Agora, como nos dois primeiros governos, o petista poderá manter parlamentares “a pão e água”, a menos que votem favoravelmente a matérias de interesse do Planalto.

O MINISTRO Luís Roberto Barroso, presidente do STF, está lançando novo livro: Inteligência Artificial, Plataformas Digitais e Democracia: Direito e Tecnologia no Mundo Atual. Apesar de otimista com a nova revolução tecnológica, Barroso alerta para o risco e abusos que podem desfiá-los da rota ética desejável. O que já começa a ser visualizada – e sentida.

A ATRIZ Juliana Paes, que recusou voltar ao elenco da novela Renascer (já fez dois filmes inéditos pela Disney+), agora abre o jogo e diz que enfrenta fortes crises de ansiedade e procura ajuda: “Chego a ficar sem ar”. Juliana explica que lidava com a doença antes da pandemia, mas o período fez a situação se intensificar. “A própria vida, lidar com a internet (ela não gosta de computador), dar conta do trabalho, ter de conversar com as pessoas online. Muita coisa! Fui ficando sem ar. Eu deitava na cama e o coração não parava de bater”. (há quem diga que era arritmia coronária). Hoje faz terapia e malha para ajudar.

É UM novo casal que ainda vai ganhar medalha de Ouro, embora a competição foi no olho no olho – e rápida. O técnico da seleção masculina de vôlei, Bernardinho acaba de engatar um namoro com a apresentadora e jornalista Ana Paulo Araújo, da Globo.

AFINTECH Dock estaria prospectando novas aquisições no México. O alvo seriam startups focadas nas áreas de crédito e pagamentos, o que permitiria aumentar o seu ecossistema de produtos no país. Em 2021, a companhia comprou a mexicana Cacao, desenvolvedora de soluções em processamento de cartões. A Dock é uma instituição do século XXI nascida da costela de uma instituição do século XX, a antiga Conductor, processadora de cartões de crédito. A fintech entrou para o clube dos unicórnios em 2022, quando recebeu um aporte de capital de US$ 150 milhões e foi avaliada em US$ 1,5 bilhão.

In - Detetive de dados

Out - Analista de infraestrutura

*Colaborou Paula Rodrigues

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