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NASA PARK

Motoristas têm rotas alternativas para fugir da fila gigantesca na BR-163

Principal alternativa aumenta em 80 km a distância da Capital a São Gabriel do Oeste. Mas, milhares de condutores perdem mais de três horas na fila

21 AGO 2024 • POR Neri Kaspary e Naiara Camargo • 13h06
Rotas alternativas poderiam evitar que motoristas perdessem cerca de 3 horas na fila que nesta quarta-feira passava dos 20 km   Marcelo Victor

Parcialmente interditada desde a manhã de terça-feira, entre Campo Grande e Jaraguari, a BR-163 tinha fila de veículos que chegava a exatos dez quilômetros no fim da manhã desta quarta-feira no lado sul do local onde a enxurrada procedente do rompimento da represa do loteamento Nasa Park danificou a rodovia. A fila chegava perto da área urbana de Campo Grande. E, levando em consideração que em boa parte do trecho existe fila dupla, a extensão do congestionamento só compromete o tráfego no anel viário por conta disso. 

Do lado norte do local parcialmente interditado desde terça-feira (20), o tamanho da fila é ainda maior, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). E, por conta do grande movimento, motoristas perdem pelo menos três horas nesta fila

Mas, boa parte destes condutores poderia pegar rotas alternativas. Uma delas, e pouco divulgada pelas autoridades, aumenta em cerca de 80 quilômetros a distância entre Campo Grande e São Gabriel do Oeste, ao norte da Capital.

Pela BR-163, a distância entre as duas cidades é de 139 quilômetros, segundo o Google Maps. Pegando as rodovias estaduais 080 e 430, passando por Rochedo, Corguinho e Rio Negro, o percurso é de 217 quilômetros, conforme o mesmo Google Maps. E, para chegar à 080, basta acessar o anel viário, próximo ao KM-495 da 163, e seguir até as imediações da sede do Detran.

O trajeto todo é de asfalto de boa qualidade e depois de Rio Negro é possível chegar a São Gabriel e à BR-163. E, além de evitar o congestionamento quilométrico, ainda é possível escapar dde duas praças de pedágio, que juntas somam R$ 14,50.

Trecho sinalizado em azul claro é completamente asfaltado e passa por Rochego, Corguinho e Rio Negro antes do retorno à BR-163. Na outra opção, existe trecho sem asfalto

Esta economia no pedágio não compensa o gasto a maior de combustível pela rota alternativa. Porém, levando em consideração que boa parcela dos motoristas que ficam  parados deixa o veículo ligado por conta do conforto do ar condicionado, é provável que o fuga da BR-163 signifique economia de tempo e dinheiro. 

Esta rota, porém, não é das mais indicadas para quem pretende acessar a BR-060, na altura do distrito de Congonha (Posto São Pedro). Mas, até para estes serve como alternativa, pois a distância extra aumenta em mais 40 quilômetros. Os 120 quilômetros a mais podem ser percorridos em tempo inferior ao das três horas que motoristas enfrentam no congestionamento. 

Outra alternativa (conforme o mapa acima)  seria a passagem pelo distrito de Rochedinho, saindo de Campo Grande pela MS-010 (a partir da UCDB ou do anel viário). Esta rota, porém, não é indicada para veículos de carga, pois nem toda é asfaltada. Neste caso, a distância aumenta em apenas 15 quilômetros na comparação com a rota pela BR-163, onde existe congestionamento e onde as obras de reparação devem se estender por até duas semanas.