MS terá coleta de DNA para auxiliar na identificação de pessoas desaparecidas
Estado registrou 776 casos neste ano, média de três pessoas por dia
25 AGO 2024 • POR Thais Cintra • 09h00A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) vai participar da mobilização nacional de identificação de pessoas desaparecidas, com coleta de DNA de familiares, entre os dias 27 e 30 de agosto.
Dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mostram que 2024 já contabiliza 776 pessoas desaparecidas em Mato Grosso do Sul, o que corresponde a três por dia.
O Estado registrou 1.429 casos de desaparecidos só no ano passado. Em Campo Grande foram 583 em 2023; sendo 314 até o momento.
O serviço de coleta de DNA é fundamental para auxiliar na busca por essaspessoass. O exame será feito em parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida. Se possível, é recomendado que ao menos dois familiares façam a coleta.
Ao todo, 15 sedes regional irão colher o material genético nas unidades, através da Coordenadoria-Geral de Perícia. Fora do período da campanha, as coletas terão continuidade no IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forense) a qualquer tempo.
Como será feita a coleta?O procedimento para colher o material será feito apenas em parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida. Se possível, é recomendado que ao menos dois familiares façam a coleta. A ordem de preferência é:
Na hora da coleta, a pessoa irá assinar um Termo de Consentimento para a realização da doação. É preciso levar um documento de identificação junto com as informações do Boletim de Ocorrência do desaparecimento (número, estado de registro e delegacia). Se possível, deve-se apresentar cópia do Boletim de Ocorrência.
Além disso, os familiares podem levar objetos que possam ter material genético da pessoa desaparecida (objeto de uso único e pessoal do desaparecido), como, por exemplo: amostra de cordão umbilical; dente que se tenha guardado ou escova de dente.
A coleta pode ser feita a partir de células da mucosa oral por meio de um suabe (cotonete) que é passado no interior da bochecha. Também pode ser realizada a partir da coleta de uma gota de sangue do dedo da mão. Não é preciso estar em jejum.
A amostra vai para um laboratório de genética do órgão de perícia oficial para extração de DNA e será inserido no banco de DNA local e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Os bancos de DNA são administrados por peritos oficiais.
Nos bancos são cadastrados continuamente DNA de pessoas de identidade desconhecida, vivas e mortas, e DNA de familiares de pessoas desaparecidas.
Quando há coleta de amostras para exame de DNA dos familiares da pessoa desaparecida elas são processadas nos laboratórios de genética forense e os DNAs obtidos são então inseridos nos bancos locais e nacional de DNA.
Estes perfis são comparados continuamente com DNA de pessoas de identidade desconhecida, vivas ou mortas, visando sua identificação.
Caso seja identificado um vínculo genético e confirmada a identificação, os peritos vão fazer um laudo, notificar o Delegado de Polícia responsável pela investigação e a instituição que forneceu o material genético da pessoa desaparecida (hospital, abrigo, IML, etc.). A família será informada da identificação pelo órgão competente.
Como no dia 26 é feriado em Campo Grande (aniversário da cidade), a campanha será lançada oficialmente no Estado no dia 27/08, às 8 horas, na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio e de Proteção à Pessoa.
*Com informações da assessoria