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Greve Policiais Civis de MS estabelecem prazo para negociar com o governo Com o fim do período estabelecido, caso a proposta feita pela categoria não seja aceita, pelo governo do Estado eles irão se reunir para votar se entram efetivamente em greve 26 AGO 2024 • POR Laura Brasil • 16h50
O Sinpol-MS começa a alinhar com os servidores os próximos protestos   Álvaro Rezende/Correio do Estado

Após sinalizarem o indicativo de greve, os policiais civis de Mato Grosso do Sul irão até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), na quinta-feira (29), em uma tentativa de alinhar um possível acerto.

O presidente do Sindicato dos Policiais de MS (Sinpol-MS), Alexandre Barbosa da Silva, afirmou que será dado o prazo de 20 dias para o governo do Estado.

“Estamos no indicativo de greve e, paralelo a isso, nós estamos fazendo manifestações. A primeira será quinta-feira na Assembleia Legislativa. Então, o prazo que damos para o governo negociar com a gente é de 20 dias, para podermos decidir pela greve ou não”, explicou o presidente do Sinpol-MS.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a categoria está em negociação com o governo do Estado desde o ano passado. Inclusive, Alexandre cobrou do governador Eduardo Riedel (PSDB) a recomposição salarial.

“Nós cobramos do governador, ainda quando ele era secretário, um compromisso que ele tem com o sindicato desde 2016, onde se afirmava na época que o salário dos policiais estaria entre os seis melhores do país, mas não foi cumprido. Ele disse que faria o aumento, nem que fosse parcelado", informou Alexandre.

Efetivo

Mato Grosso do Sul possui 1.600 profissionais, entre escrivães e investigadores. Em decorrência da demanda, o contingente necessário para atender à população seria de 2.500 trabalhadores.


Além do baixo salário, os profissionais contestam a carga horária que deveria ser de 40 horas semanais. No entanto, alguns trabalhadores chegam a cumprir até 80 horas por semana e, ainda, sem receber pelos extras.

Negociações

Durante reunião com representantes do sindicato na última terça-feira (20), Riedel recuou a decisão e não cumpriu com a promessa, oferecendo incorporar no subsídio o auxílio alimentação, o que segundo a classe, não supre a necessidade dos trabalhadores. Outra reclamação é em relação ao auxílio saúde no valor de R$ 2.000,00. 
 

Protocolo de ofício

Na última sexta-feira (26), o Sinpol-MS protocolou um ofício na Delegacia Geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (DGPC), cobrando a organização dos plantões. Entre as demandas estão a falta de escrivães e investigadores. Leia na íntegra:

“O Sindicato solicita adoção de providências junto às chefias de departamento, de regionais e titulares das unidades de Polícia Civil para que as escalas de plantão sejam reorganizadas, de forma a atender a carga horária definida por Lei e, especialmente, para que não haja plantão com um único policial, enfatizando que ‘não haverá mais tolerância a situações ilegais envolvendo nossos substituídos’.


“A entidade ainda solicita ser informada do motivo de ausência física dos delegados de plantão da 4ª Delegacia de Campo Grande e DEPAC Centro nos períodos noturno, fins de semana e feriados, situação que leva agentes a exercerem funções privativas e indelegáveis daqueles, como lavratura de boletins de ocorrências e demais peças com informação inverídica da presença física dos delegados. Por fim, o Sinpol destaca que a situação vem levando ao adiamento de perícias, oitivas, apreensões, entre outros serviços urgentes da Polícia Civil”.

A reportagem entrou em contato com  a Secretaria de Estado de Administração (SAD), que informou que "o governo de Mato Grosso do Sul dialoga com todas as categorias de servidores constantemente".

** Colaborou Thais Cintra

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