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seca extrema Após queima de 1,76 milhão de hectares, Ibama dobra brigadistas em MS Instituto autorizou a contratação de 145 pessoas para combater incêndios florestais em Corumbá, Porto Murtinho, Miranda e Aquidauana 27 AGO 2024 • POR Neri Kaspary • 11h45
Em maio o Ibama havia anunciado a contratação de 145 pessoas, mas mesmo assim o fogo já destruiu cerca de 18 do Pantanal em Mato Grosso do Sul  

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) autorizou nesta terça-feira (27) a contratação de 145 novos brigadas para combater os incêndios florestais em em Mato Grosso do Sul, em quatro municípios pantaneiros. Até agora, o fogo já consumiu 1,76 milhão de hectates do bioma pantaneiro somente em MS. 

A autorização foi publicada no Diário Oficial da União, mas não existe data para que comecem a atuar. Com esses contratações, a estrutura do Ibama no Estado terá aumento de 100%, já que até agora o número de brigadistas é de 145. Eles foram contratados em maio.

A maior parte das contratações temporárias será em Porto Murtinho  e em Corumbá, com 44 contratações em cada município. Para Corumbá está prevista a contratação de dois chefes de brigada, seis chefes de esquadrão e 36 brigadistas para prevenção e combate aos incêndios. Estrutura parecida  está prevista para Porto Murtinho.

Conforme Diário Oficial  da União, serão duas duas equipes temporárias em Aquidauana e uma em Miranda. Cada uma terá 15 pessoas, sendo um chefe de brigada, dois chefes de esquadrão e  mais 12 brigadistas.

Além disso, o Ibama autorizou, ainda, que Mato Grosso do Sul contrate nove brigadistas de queima prescrita e três supervisores estaduais de brigada.

Por causa da frente fria, que trouxe chuva e frio no último sábado, os focos de incêndio foram extintos na região pantaneira. Mas como o volume de chuva foi baixo, de 6,8 milímetros em Corumbá, a tendência é de que os focos recomecem nos próximos dias. 

Para as próximas semanas não existe chuva nos radares dos institutos de meteorologia e a umidade do ar já está abaixo dos 30% em boa parte do bioma. Além disso, há previsão de fortes ventanias. Estes cenários facilitam a propagação do fogo.

Em maio, quando da primeira contratação, a remuneração variava de R$ 1.320,00 (brigadista) a R$ 5,28 mil (supervisor estadual). O período máximo do contrato foi de seis meses e os condidatos deviam ter entre 18 e 59 anos. 

OUTROS ESTADOS

Além de Mato Grosso do Sul, os estados contemplados pela portaria publicada nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União são Amapá, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Acre, Amazonas, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rondônia, Pará, Roraima, Ceará, além do Distrito Federal.

Alguns estados também receberão brigadistas especializados na queima prescrita, técnica que usa o fogo em parcelas da vegetação como proteção, criando uma barreira natural para evitar que chamas maiores dos incêndios florestais se espalhem.

Mato Grosso, que teve um aumento de 236% nos registros de focos de incêndio, segundo dados do BDQueimadas, programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), receberá equipes que totalizam 141 integrantes, entre brigadistas de queima prescrita, chefes de brigada e outros. Parte deles também atuará no Pantanal.

A equipe será distribuída entre os municípios de Tangará da Serra, Brasnorte, Conquista D'Oeste, Poconé, Bom Jesus do Araguaia, São José do Xingu, Confresa, São Félix do Araguaia, Feliz Natal, Canarana, Cotriguaçu, Paranatinga, Cáceres e Gaúcha do Norte.