Logo Correio do Estado

PRECIPITAÇÃO

Capital fecha agosto com chuva acima da média, mas seca está longe de acabar

Chuva no oitavo mês do ano registra 41,8 mm em Campo Grande, 10,4mm acima do comum; Corumbá e Miranda, cidades pantaneiras, também ficaram acima da média, mas fogo no bioma se mantém

31 AGO 2024 • POR Felipe Machado • 12h00
Chuva em agosto foi acima da média histórica na Capital   Marcelo Victor / Correio do Estado

Duas ondas de frio dão resultado e Campo Grande fecha o mês de agosto com precipitação acima da média, ao registrar 41,8 mm, 10,4mm a mais do que a média histórica na Capital, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec).

Ainda, nos números vistos no oitavo mês, somente no dia 09, choveu 33,2 mm, o que já passaria a média histórica, que é de 31,4mm. Em 2023, a precipitação em agosto foi de 66 mm, 58% a mais do que o registrado neste ano.

Mesmo assim, a informação do Climatempo, é que a estiagem severa, ou seja, a seca deve atingir todo o começo de setembro. Do dia 02, segunda-feira, até dia 19, uma onda de calor deve impactar todo o estado pantaneiro

Ela atinge inicialmente a região norte, que terá temperaturas até 2,5ºC acima da média. Na terça-feira, se espalha para as demais regiões. O oeste de Mato Grosso do Sul terá temperaturas 5ºC acima da média nesta data. A partir de quarta-feira (4), o calorão intensifica em todas as regiões do Estado.

Além das altas temperaturas, o período tende a ser seco nas regiões atingidas pela massa de ar quente. Para Mato Grosso do Sul, são esperados valores emergenciais, e a umidade do ar pode ficar abaixo dos 12%.

"Com a condição de tempo seco e a atmosfera 'parada', a concentração de poluentes também aumenta e a qualidade do ar deve ficar bem prejudicada no decorrer dos próximos dias", alerta o Clima Tempo.

Corumbá e Miranda

Duas das cidades mais afetadas pelas queimadas do Pantanal, Corumbá e Miranda também fecharam o mês de agosto com precipitações acima da média histórica. Ao começar por Corumbá, o município pantaneiro registrou 52,8 mm de chuva no oitavo mês do ano, cerca de 26,7 mm acima da média histórica (25,9 mm). No ano passado, durante o mesmo período, choveu somente 13,2 mm.

Em Miranda, a população avistou chuva em agosto de 36,6 mm, pouco acima da média histórica no mês, que é de 35,4 mm. Em 2023, os mirandenses viveram uma precipitação abaixo do registrado em 2024, com 26 mm.

Porém, mesmo com esses números animadores, o fogo não deu trégua e continua ativo no Pantanal. Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ), somente em agosto, 684,5 mil hectares foram queimados no bioma sul-mato-grossense, segundo pior mês do ano

Ao todo, em 2024, 1,9 milhões de hectares já foram destruídos, equivalente a 19,6% da área total do Pantanal.

*Colaborou Alanis Netto