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Queimada urbana Moradores acreditam que fogo ao redor da Lagoa Itatiaia foi criminoso A Lagoa Itatiaia evaporou 71ml/m², em apenas 10h da última segunda-feira (09). Cerca de 9.940 litros de água foram perdidos em decorrência da seca severa 10 SET 2024 • POR Alicia Miyashiro e Laura Brasil • 17h14
  Gerson Oliveira / Correio do Estado

Em mais um episódio de incêndio urbano, agora ao redor da Lagoa Itatiaia - localizada no bairro Tiradentes, em Campo Grande, no início da tarde desta terça-feira (10), aproximadamente 100 metros de vegetação foram consumidos pelo fogo. Populares contaram que a causa pode ter sido criminosa.

Conforme relatos à reportagem do Correio do Estado, o fogo começou às 13h, no local apontaram que um  usuário de drogas estaria queimando fios de cobre embaixo de uma árvore.

A moradora Andréia Padilha disse que, ao sair de sua residência para levar os filhos na escola, já encontrou a Guarda Municipal auxiliando os bombeiros no combate às chamas. 

“Depois que a equipe dos bombeiros foi embora, ficou essa fumaça, se secar onde eles molharam, esse fogo vai acender de novo”, ressaltou.

Mesmo em meio a fumaça os pássaros foram registrados circulando em meio às cinzas. Algumas aves com filhotes na lagoa que está secando devido ao período de poucas chuvas. 

Confira

Já a senhora Rosalina Cometci, contou que ao chegar no fim da tarde para fazer sua caminhada com seu terço em mãos, se surpreendeu com o cenário de queimada e a quantidade de fumaça. 

“Eu acho tudo muito triste. Uma seca dessa, aí vem um ser humano, ainda põe fogo, pra piorar mais ainda o ar que a gente respira, os próprios bichinhos, né? Olha a água onde tá, tudo secando”.

Lagoa secando

Segundo o meteorologista Natálio Abraão, em dados registrados, a Lagoa Itatiaia evaporou 71ml/m², em apenas 10h da última segunda-feira (09). A lagoa possui 1,4 hectares ou 14.000m², portanto, foram 9.940 litros de água perdidos.

Umidade 

A umidade relativa do ar chegou a 9% em Mato Grosso do Sul, conforme os dados de monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Ou seja, cenário propício para queimadas.

O índice baixo e alarmante foi observado às 15h desta terça-feira (10), nos municípios de Amambai e Coxim.

Água Clara, Chapadão do Sul, Costa Rica e São Gabriel do Oeste registraram umidade mínima de 10%; Cassilândia, Paranaíba, Porto Murtinho e Sonora de 11%.

Na capital sul-mato-grossense, a umidade relativa do ar mínima foi de 12%. Outros municípios tiveram o mesmo índice, são eles: Dourados, Miranda, Ponta Porã, Rio Brilhante, Sidrolândia e Três Lagoas.

Em Aquidauana, Itaquiraí, Ivinhema, Jardim e Nhumirim, a menor umidade do ar foi de 13%; em Maracaju e Juti, de 14%.

As maiores mínimas registradas pelo Inmet no período foram de 15%, em Bataguassu, 16% em Sete Quedas e 17% em Corumbá. 

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