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ELEIÇÕES 2024 Gastos dos candidatos a prefeito da Capital já chegam a R$ 16,7 milhões Dados da Justiça Eleitoral revelam que, até o momento, os campeões de despesas são Beto Pereira e Rose Modesto 17 SET 2024 • POR Daniel Pedra • 08h00
Os candidatos Camila Jara (PT), Beto Pereira (PSDB), Rose Modesto (União) e Adriane Lopes (PP)   Foto: Montagem

A 19 dias do primeiro turno das eleições municipais, os oito candidatos a prefeito de Campo Grande já gastaram com a campanha, até ontem, R$ 16,7 milhões, uma cifra milionária responsável por movimentar a máquina eleitoral deste ano. 

O Correio do Estado chegou a esse montante por meio de consulta aos dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os quais também revelaram que os campeões de gastos são o deputado federal Beto Pereira (PSDB), com R$ 7.285.562,52, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com R$ 5.440.902,60, a atual prefeita Adriane Lopes (PP), com R$ 2.600.007,88, e a deputada federal Camila Jara (PT), com R$ 1.261.555,49.
Logo após aparecem o advogado Beto Figueiró (Novo), com R$ 77.225,00, e o cientista político Luso Queiroz (Psol), com R$ 30.600,00. Os candidatos Ubirajara Martins (DC) e Jorge Batista (PCO) ainda não tiveram nenhum tipo de gasto.

Ainda conforme o levantamento realizado pela reportagem, o que mais tem abocanhado o dinheiro dos candidatos é a produção de programas de rádio e televisão ou vídeos para serem veiculados no horário eleitoral gratuito e nas redes sociais dos candidatos.

Em seguida, aparecem despesas com pessoal, serviços advocatícios, locação de bens móveis (excluindo veículos automotores), locação de veículos, serviços contáveis, gráficas, pesquisas eleitorais, entre outros.

DISCRIMINAÇÃO 

No caso do candidato Beto Pereira, a maior parte dos R$ 7.285.562,52 foram gastos com produção de programas de rádio e televisão ou vídeo (R$ 3.087.581,63), seguido por serviços advocatícios (R$ 1.200.000), locação/cessão de bens móveis, exceto veículos (R$ 490.800) e publicidade por materiais impressos (R$ 402.000).

Logo depois estão os serviços contábeis (R$ 370.000), as despesas com pessoal (R$ 352.514), as atividades de militância e mobilização de rua (R$ 333.350), a publicidade por adesivos (R$ 316.905), as despesas com impulsionamento de conteúdos (R$ 266.073,10), as pesquisas ou testes eleitorais (R$ 150.000) e a cessão ou locação de veículos (R$ 127.620,98).

A candidata Rose Modesto também usou a maior parte dos R$ 5.440.902,60 para a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 1.465.000). Em seguida, aparecem as despesas com pessoal (R$ 1.021.437,84), as despesas diversas a especificar (R$ 995.832), os serviços advocatícios (R$ 495.000), a cessão ou locação de veículos  (R$ 455.396,00) e a locação/cessão de bens móveis, exceto veículos (R$ 336.780,00).

Logo após aparecem as despesas com impulsionamento de conteúdos (R$ 203.000), publicidade por adesivos (R$ 123.900), serviços contábeis (R$ 120.000), pesquisas ou testes eleitorais (R$ 95.875), publicidade por materiais impressos (R$ 82.193), combustíveis e lubrificantes (R$ 19.274,46) e serviços prestados por terceiros (R$ 12.285).

Diferentemente dos demais candidatos, a prefeita Adriane Lopes usou a maior parte dos R$ 2.600.007,88 com despesas com pessoal (R$ 1.021.920). Depois, aparecem os gastos com serviços advocatícios (R$ 650.000), serviços prestados por terceiros (R$ 500.000), publicidade por adesivos (R$ 95.650), despesa com impulsionamento de conteúdos (R$ 91.610), serviços contábeis (R$ 80.000) e publicidade por materiais impressos (R$ 54.380).

OUTROS CANDIDATOS

A petista Camila Jara usou a maior parte de R$ 1.261.555,49 para a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 501.696), serviços advocatícios (R$ 335.000), despesas com pessoal (R$ 141.450), serviços contábeis (R$ 120.000), despesas com impulsionamento de conteúdos (R$ 61.000), despesas diversas a especificar (R$ 57.899), publicidade por adesivos (R$ 17.000), baixa de estimáveis – recursos de pessoas físicas
(R$ 13.500) e produção de jingles, vinhetas e slogans (R$ 12.000).

O candidato Beto Figueiró usou os parcos recursos de R$ 77.225 para materiais de expediente (R$ 23.100), publicidade por materiais impressos (R$ 17.885), despesa com impulsionamento de conteúdos (R$ 17.510), publicidade por adesivos (R$ 5.240), produção de jingles, vinhetas e slogans (R$ 5.000), serviços prestados por terceiros (R$ 3.290), produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 3.000) e despesas com pessoal
(R$ 2.000).

Na situação do candidato Luso Queiroz, ele teve de fazer mágica para fazer render os R$ 30.600,00, destinando quase que a totalidade para a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 30.000,00) e o restante para publicidade por materiais impressos (R$ 600,00).

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