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Giba Um

"Errei, mas de forma alguma me arrependo.

Se fossem as mesmas circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto. Espero ter lavado alma de milhões de pessoas", de José Luiz Datena, sobre a cadeirada em Pablo Marçal.

18 SET 2024 • POR Giba Um • 05h00
Giba Um   Foto: Reprodução

Depois de dois anos como participante de uma bancada do programa dominical de Luciano Huck, Dona Dea Lúcia, 77 anos será promovida a apresentadora da Globo. A mãe de Paulo Gustavo terá a oportunidade de brilhar sozinha. Se não der certo, isso já é uma outra história. 

Mais: Ela apresentará o especial Falas da Vida, que deverá celebrar efemérides de destaque. A primeira irá ao ar em 8 de outubro e será em comemoração ao Dia Internacional das Pessoas Idosas. Detalhe: Dona Déa Lúcia já está resmungando contra as regalias que ela não tem em seu camarim (coletivo). 

Valorizando as mulheres

Na quinta-feira (12) a marca francesa L'Oréal Paris promoveu  um evento para dar o pontapé em uma campanha para reforçar seu foco na valorização da mulher brasileira e a importância da sororidade no contexto de empoderamento. Foi o maior evento institucional promovido pela marca desde que desembarcou no Brasil. Realizado na Pinacoteca Contemporânea de São Paulo, reuniu grandes nomes da representatividade, que contou até com a cantora e modelo francesa Yseult e com show de Liniker,  cantora e compositora  que é reconhecida por sua representatividade não só na música, mas também pela luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAPN+. Sob o tema “Porque você vale muito”, a marca enalteceu a beleza de cada mulher e reforçou que todas são protagonistas de suas próprias histórias. Numa noite que teve como grande anfitriã Tais Araújo e Larissa Manoela (embaixadora de L’Oréal Paris desde 2020) teve também  e fez menções honrosa ex-ginasta, campeã mundial e comentarista Daiane dos Santos, a modelo e influenciadora Maju de Araújo e a cientista física Márcia Cristina Barbosa,  três mulheres de destaque em seus campos de atuação, que inspiram e lutam pela inclusão de mulheres nesses setores. Entre outras convidadas também estavam a jornalista Ana Paula Padrão, a atriz e cantora Zezé Mota, a  cantora e apresentadora Larissa Luz e outras tantas.

“Supercana” quer dinheiro de fora

O projeto mirabolante da “supercana” de Eike Batista será levado à frente – se for – basicamente com capital estrangeiro. A promessa de Eike é de uma produtividade de álcool muito maior do que a cana de açúcar (“dá para fazer um mega Proálcool) e de um bagaço capaz de substituir “100% do plástico do mundo”. A questão é que Eike acha que seu crédito é muito maior lá fora. E nem poderia ser de outra forma: todos os grandes bancos perderam dinheiro com as aventuras do empresário no petróleo. O Itaú ocupou a liderança entre os maiores ludibriados e sofreu uma surra financeira. Uma parcela da disposição de assumir o risco OGX deveu-se entre a amizade entre Eike e Cândido Bracher Botelho, o “Candinho”, já na posição de comando a casa bancária dos Setúbal e Vilella. A amizade desmoronou.  Por enquanto, Eike rega dois terrenos ao mesmo tempo: a recuperação de sua imagem (não é fácil) e a venda do projeto. A divulgação vem sendo feita nas redes e muita gente, incluindo velhos amigos, dá risada. Seus filhos Thor e Olin estão com o pai e colaboram com palpites, o que não quer dizer muita coisa. O pai repete sempre o mesmo discurso (Eike é um bom vendedor). Mais: ele fez uma sociedade com Mário Garnero, 87 anos, que também não tem dinheiro, mas está sempre de terno e gravata, o que ajuda na imagem, não muito mais que isso.

Nova profissão 1

O ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha, mais perfeita inspiração do atual nº 1 da Casa, Arthur Lira, está conversando por vários cantos sobre a possibilidade de criação do Partido dos Evangélicos. O ex-deputado acha que o crescimento do neopentecostalismo na política brasileira é inexorável. Do ponto de vista ideológico, os religiosos estão cimentados na extrema direita. No entendimento de Cunha, não são um ativo vitalício de Bolsonaro. O Capitão pode perder seu rebanho se ele se fragmentar e encontrar seus próprios representantes políticos – sem intermediários.

120  looks

Sem muito alarde o reality-show A Fazenda 16 estreou na segunda-feira (16). O reality que tem como intuito juntar pessoas famosas, neste ano, com algumas exceções resgatou ‘pseudo-famosos’ que participaram de outros programas de convivência. Adriane Galisteu que está no comando da atração desde 2021 (antes foi comandado por  Brito Junior de 2009-2014, Roberto Justus, 2015-2017 e Marcos Mion, 2018-2020) disse que sai de casa para apresentar o programa como se fosse sempre uma novidade. “Eu saio de casa sempre como se fosse minha primeira vez! Amo estar à frente de um programa que sempre fui fã! Que delícia começar tudo de novo de novo. Mais: Galisteu que quer arrasar no looks diz que terá uma referência no streetwear (esportes), mas que a maioria dos 120 looks que pretende usar  terá pegada urbana e cool além da alfaiaria incluindo itens “improváveis no universo country”.

Nova profissão 2

No passado,  Eduardo Cunha tentou montar um título de capitalização para os religiosos em sociedade com Arthur Falk, o Papa Tudo. E acha que somente a fé fará frente ao poder das redes sociais. Para ele, duas forças combinadas ceifariam um partido imbatível. No século passado, o conservador filósofo católico Jackson de Figueiredo defendeu um partido católico, provocando grande discussão política. Hoje, não chega a ser uma proposta desprezível.

Olho na mineração

De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, há no Brasil cerca de 14 mil concessões de lavra em vigor. Desse total, em quase 30% das reservas, não há qualquer atividade de extração. Os projetos suspensos estão paralisados, em média, há 12 anos. Ou seja, simplesmente, as mineradoras estão sentadas sob a permissão. Por essa razão, o Ministério de Minas e Energia, há quem se refira ao projeto de revisão do marco legal da energia como uma espécie de “reforma agrária da mineração”. O objetivo é “democratizar” a atividade mineral. Este ano, durante inauguração de fábrica de fertilizante da Eurochen (MG), o ministro Alexandre Silveira criticou a “conduta irresponsável” das grandes mineradoras. Elas mantêm número elevado de permissões sem investir na área, apenas para impedir que os outros o façam.

Pérola

“Errei, mas de forma alguma me arrependo. Se fossem as mesmas circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto. Espero ter lavado alma de milhões de pessoas”,   

de José Luiz Datena, sobre a cadeirada em Pablo Marçal.

No ataque

Bloqueado nas redes sociais e multado em R$ 50 milhões o senador Marcos do Val (Pode-ES) lamenta que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco se “deixe humilhar” pelo Supremo Tribunal Federal, que, literalmente, o ignora. Do Val até consegue ser gentil com Pacheco, mas admite sua incapacidade de agir em defesa da instituição e dos senadores. Pacheco pediu o desbloqueio que atinge Marcos do Val, mas Moraes não reconheceu “competência” no presidente do Senado no caso. Para justificar sua omissão, Pacheco diz que é amigo de Alexandre de Moraes há 20 anos. Os irônicos gozam: “Com um amigo desses, não precisa de mais nada”.

Dois chefes

Os próprios executivos da Americanas estão se perguntando quem é o nº 1 da companhia. Especialmente depois do anúncio da chegada de Fernando Dias Soares, que assumiu o cargo de COO – Chief Operating Officer. Soares é um homem de confiança de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Boa parte de sua trajetória profissional se deu na AmBev, onde presidiu a divisão de bebidas não alcóolicas e comandou unidades de negócio do grupo no México, Colômbia e Peru, agora, Soares aterrissou na Americanas com status de quase CEO – Chief Executive Officer, poucos centímetros abaixo de Leonardo Coelho, formalmente o ocupante do cargo.

Não é bem assim

As redes sociais estão repletas de anúncios, dentro de noticiário do Serasa (especialmente sobre o programa “Serasa Limpa Nome”), afirmando que “Acordo Itaú com até 94% de desconto”, o que não acontece para quem procura alguma agência da instituição. Amigo desta coluna, mais que idoso e querendo usar a Lei do Superendividamento, procurou uma agência do Itaú querendo suspender seu cheque especial que atingirá 15 mil e dividir em parcelas de longo prazo. Nas agências, a lei é diferente do que espalha o Serasa. É possível dividir no máximo em 48 vezes, com juros de 5,2%, o que transforma a dívida em R$ 42 mil com parcelas de R$ 1,2 mil mensais. Aí, o endividado recorre à Ouvidoria: alguém grava o que o idoso falou, promete uma resposta em cinco dias – e desaparece. 

Reais motivos

A saída de Boninho da Rede Globo não foi por causa dele estar disposto a “enfrentar novos desafios”. Foi uma demissão planejada como já aconteceu com outros grandes nomes da emissora, o que não está no texto quase romântico que lhe dedicou o novo poderoso Amauri Soares, que fez questão de dizer que Boninho “não estava sendo demitido”. A ideia era tirar Boninho de todas suas áreas: ele passaria a ser uma espécie de participante de alguns programas, como aconteceu no último BBB. Como trabalharia menos, seu salário encolheria 70%. Era isso – ou isso. Boninho preferiu deixar a emissora. 

Nada de novo

O argumento usado por Amauri Soares para tirar Boninho de sua atual e quase histórica posição, preocupado pelo fracasso de algumas de suas mais recentes produções e reduzir a folha salarial da emissora já foi usado nos casos de Jô Soares e Fausto Silva, para Jô propuseram levar seu programa ao ar no máximo duas vezes por semana. Ele não topou e ainda ficou um ano sem fazer nada. com Faustão, quase o mesmo: a ideia era que seu programa dominical passasse para as quintas-feiras à noite. O animador preferiu a Band, onde durou um ano. 

MISTURA FINA

Deputados e senadores já participaram das últimas sessões presenciais de trabalho, antes das eleições municipais. Pautas importantes para o governo Lula terão de esperar pelo menos mais um mês. Entre outras, regulamentação da reforma tributária, nomeação de Gabriel Galípolo para o Banco Central, Impeachment de Alexandre de Moraes e anistia aos presos de 8 de janeiro, só para começo de conversa. À propósito: segundo o pessoal da oposição, 35 senadores já afirmaram que são a favor do impeachment de Moraes.

Deputados e senadores têm seus luxos devidamente sustentados pelos brasileiros: entre outros, aviões, viagens, combustível e alimentação. A fatura do cotão parlamentar, como é chamada a “verba indenizatória” superou os R$ 166, 6 milhões neste ano. Eles usam a verba para ressarcir quaisquer despesas. Deputados recebem R$ 36,6 mil e R$ 51,4 mil por mês. Senadores, de R$ 21 mil a R$ 44 mil, segundo o Estado de origem. Os salários são de R$ 44 mil mensais e em 2025 passará para R$ 46,3 mil.

São remotas as chances do ministro André Mendonça (STF), relator do caso de “pegar leve” com o ex-ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, envolvido em escândalo de assédio sexual em quem a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) figura entre as vítimas. Caberá a Mendonça decidir pela abertura de processo contra Almeida, agora também sob suspeita de estar por trás das ameaças do sociólogo Leonardo Pinho, seu antigo auxiliar a testemunha-chave das denúncias de assédio sexual.
 
O Ministério da Educação não abriu a boca, mas o TCU denunciou a deputada Macaé Evaristo (PT), futura ministra dos Direitos Humanos, pelo rombo de R$ 177,3 milhões do FNDE, destinados à merenda escolar. O dinheiro evaporou, sumiu no governo Dilma Rousseff. Se condenada, Macaé terá de devolver a dinheirama e ficará proibida de exercer cargo público por oito anos. Se Lula não demiti-la agora, será obrigado a fazer depois.

In - Cinema: Meu Amigo Pinguim

Out - Cinema: Meu Casulo de Drywall

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