A Tupperware, famosa marca de utensílios de cozinha e queridinha dos brasileiros, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, devido a dificuldades financeiras. A empresa, conhecida mundialmente por seus recipientes plásticos e pelo modelo de vendas diretas, que dominou o mercado por um longo período, registrou queda nas vendas e aumento da concorrência nos últimos anos.
A Tupperware Brands Corporation solicitou proteção contra falência com base na legislação norte-americana, listando ativos entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, e dívidaas entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões.
O pedido visa facilitar a venda do negócio enquanto a empresa continua suas operações.
Desde 2020, a Tupperware vinha sinalizando, através de comunicados, dificuldades sobre sua capacidade de continuar em operação, afirmando que há "dívidas substanciais" e que, caso as dificuldades financeiras não fossem resolvidas, poderiam levar a empresa à falência.
Para evitar, momentaneamente essa falência, a empresa pediu recuperação judicial, que permite que ela continua funcionando sem pagar as dívidas por um período.
Após a notícia da possibilidade de falência, as ações da empresa sofreram uma queda de mais de 57%, resultando na suspensão de negociações na Bolsa de Valores de Nova York.
O pedido de recuperação judicial nos EUA levanta preocupações sobre a operação da Tupperware em outros países, como o Brasil.
Marcou época
Fundada em 1944 por Earl Silas Tupper, a marca se destacou com seus recipientes plásticos de fechamento hermético, desenvolvidos para conservar alimentos.
Em 1948, a Tupperware inovou com as "Tupperware Parties", eventos sociais onde seus produtos eram vendidos diretamente aos consumidores, um modelo que rapidamente ganhou popularidade.
No Brasil, a marca chegou em 1976, época em que o modelo de vendas diretas também se consolidou.
No sistema de vendas da Tupperware, consultores independentes realizam eventos em suas casas para demonstrar os produtos.