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LITERATURA

Ricardo Cavaliere, da Academia Brasileira de Letras, fala no Chá Acadêmico

Ricardo Cavaliere, da Academia Brasileira de Letras, fala no Chá Acadêmico desta quinta-feira, no auditório da ASL, sobre o "cenário linguístico brasileiro da atualidade, em que coexistem o português, as línguas indígenas e as línguas de imigrantes"

24 SET 2024 • POR Da Redação • 10h00
Ocupante da cadeira de número 8 da Academia Brasileira de Letras, Ricardo Cavaliere é o convidado deste mês do ABL na ASL: Palestras Imortais   Fotos: Divulgação

“As Línguas do Brasil” é o tema da palestra que o imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Ricardo Cavaliere apresentará na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL), nesta quinta-feira, às 19h30min, com entrada franca. Segundo Cavaliere, “será abordado o conceito de língua nacional e língua oficial, traçando paralelos sobre o cenário linguístico brasileiro da atualidade, em que coexistem o português, as línguas indígenas e as línguas de imigrantes”.

O evento faz parte do projeto ABL na ASL: Palestras Imortais, realizado pela ASL em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS). As palestras dos Chás e das Rodas da ASL têm reunido um público, especialmente dos segmentos da educação e da cultura, que se dedica à difusão, ao estímulo e à valorização da leitura.

A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Confraria Sociartista, por meio, respectivamente, dos projetos Música Erudita e suas Fronteiras, que integra o projeto Movimento Concerto, e Arte na Academia, fazem parte do evento com atividades musicais e de artes visuais. Ao fim, sempre há, na confraternização do foyeur da ASL, uma apresentação de música instrumental.

CAVALIERE

Ricardo Cavaliere ocupa a cadeira número 8 da ABL. Pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é graduado e licenciado em Letras (português/inglês) e graduado em Direito, além de ser mestre e doutor em Língua Portuguesa. Sua ênfase é na descrição do português e na historiografia dos estudos linguísticos. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), atua no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem.

Também é membro da Academia Brasileira de Filologia e tem experiência como conselheiro no Real Gabinete Português de Leitura, do qual obteve o título de Grande Benemérito. É, ainda, conselheiro do Liceu Literário Português. Entre suas obras, destacam-se: “Fonologia e Morfologia na Gramática Científica Brasileira” e “Pontos Essenciais em Fonética e Fonologia”.

É autor de mais de uma centena de trabalhos acadêmicos, entre eles “Palavras Denotativas e Termos Afins: Uma Visão Argumentativa” e “A Gramática no Brasil: Ideias, Percursos e Parâmetros”. Entre os seus prêmios, destacam-se a medalha do Mérito Filológico da Academia Brasileira de Filologia e o Prêmio Celso Cunha da União Brasileira de Escritores. 

É membro da Société de Linguistique Romane, da Henry Sweet Society for the History of Linguistic Ideas e da Associação Brasileira de Linguística.

DO REAL AO ABSTRATO

O projeto Arte na Academia apresenta neste mês o tema “Do Retrato ao Abstrato”, com as artistas visuais Sônia Maria de Medeiros Possi e Lizete Medeiros de Souza. Graduada em Nutrição, Sônia sempre teve inclinação para as artes visuais. 

Seu processo artístico começou em 2016, desenhando mandalas intuitivas, e logo começou a estudar e a praticar outras técnicas, como o desenho a grafite, o lápis de cor e a tinta a óleo sobre papel. Atualmente, se dedica aos retratos e aos motivos sacros.

Lizete Medeiros de Souza desenha e pinta desde a infância e também se dedica ao modelismo de roupas. Na fase adulta, a artista passou a se dedicar às artes visuais, focando seu processo criativo na técnica de pintura abstrata sobre tela.

MÚSICA ERUDITA E SUAS FRONTEIRAS

Já pelo projeto Música Erudita e suas Fronteiras, o Chá Acadêmico recebe a violonista Vitória Macedo Ribeiro da Silva. Campo-grandense e professora de violão, Vitória cursa a licenciatura em Música da UFMS e atua no projeto de extensão Madrigal. Suas habilidades envolvem o violão popular e clássico. A instrumentista vai interpretar três peças do argentino Máximo Diego Pujol: “Milonga”, “Murga” e “Tango”.

JULIO E RENAN

Julio Borba (violão de sete cordas) e Renan Nonnato (acordeon) desenvolvem um projeto musical que busca ampliar as expressões musicais de fronteira entre Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia, com ênfase no chamamé e na polca paraguaia, gêneros musicais que conformam a identidade cultural de Mato Grosso do Sul. A principal característica da dupla é a fusão musical da cultura caipira com sonoridades sul-americanas. 

Julio Borba é violonista sul-mato-grossense, doutor e mestre em Etnomusicologia pela Universidade Federal do Paraná e graduado em Música pela UFMS. 

Renan Nonnato é natural de Dourados e atua no cenário musical em gravações e shows ao vivo. Trabalhou com Almir Sater, Gabriel Sater, Geraldo Roca, Paulo Simões, Tetê Espíndola, Alzira Espíndola, Renato Teixeira, Jerry Espíndola, Luan Santana, Munhoz e Mariano, Jads e Jadson, Maiara e Maraisa, Zezé de Camargo e Luciano, Marília Mendonça e Dino Rocha, entre outros nomes.

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