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MÚSICA

Duo Vozmecê faz show de lançamento do seu primeiro álbum hoje, no Teatro Glauce Rocha

Com quase seis anos de estrada, duo Vozmecê faz show de lançamento do seu primeiro álbum, "Tropicapolca", hoje, no Teatro Glauce Rocha, com entrada franca; faixas e vídeos já estão disponíveis no Spotify e no YouTube

26 SET 2024 • POR Da Redação • 10h00
Duo Vozmecê: Namaria Schneider e Pedro Fattori registram no primeiro álbum o mergulho de seis anos na música brasileira   Divulgação

Com quase seis anos de estrada, e após rodar por 17 estados do Brasil, dormindo em uma van e tentando viver da arte de rua, o duo Vozmecê chega ao primeiro álbum, “Tropicapolca”, definido por Namaria Schneider e Pedro Fattori, as duas metades do duo, como um registro de suas “vivências culturais nômades”. 

As 15 faixas do projeto estão disponíveis desde terça-feira no Spotify, e o show de lançamento será hoje, às 20h, no Teatro Glauce Rocha, com entrada franca, integrando a programação do Festival Mais Cultura.

Namaria é formada em música pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e Pedro fez licenciatura e mestrado em Letras na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Eles são casados e produziram “Tropicapolca”, com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), repassados pela Prefeitura de Campo Grande, em seu próprio home studio.

Das 15 canções do álbum, todas de autoria da dupla, 13 são inéditas, e cada uma ganhou um videoclipe também já disponível no canal do Vozmecê no YouTube. 

Vale a pena conferir como o duo se reinventa visualmente em cada vídeo, de produção sempre despojada, buscando uma expressão particular para cada faixa, em que aparecem os parceiros convidados que vão marcar presença no show desta quinta-feira.

REPERTÓRIO

O repertório mergulha em temas que acabam tecendo, nas palavras do duo, “uma crônica crítica sobre a vida urbana e rural sul-mato-grossense, com críticas ácidas e letras engajadas a questões sociais e existenciais, o que, junto às enérgicas e ritmadas melodias, traz tom de sátira às composições”.

Uma das canções é a guarânia “Pantaneira”, que questiona o apagamento social da mulher nos processos históricos de formação de uma identidade regional. Já o samba “Vida É Show!” levanta a atual temática da dependência das redes sociais e da autoexposição desenfreada, transformando a vida em um reality show pessoal e plástico.

Miscigenando do “país tropical” ao “Brasil Profundo”, a apresentação geral de “Tropicapolca” apresenta uma proposta estética peculiar. No álbum, o Vozmecê entoa ritmos de várias regiões do Brasil pelas quais viajou e bebeu diretamente nas fontes (MPB, 
neotropicalismo, samba, baião, frevo, maracatu, axé, carimbó), fusionando-os às raízes identitárias de Mato Grosso do Sul, sua terra natal.
Como artistas da região fronteiriça Brasil-Paraguai, Vozmecê têm influência intrínseca de ritmos sul-americanos ternários, principalmente da polca paraguaia, da guarânia e da já miscigenada polca-rock. 
Nas canções do novo álbum, os artistas propõem novos desdobramentos à estilística fronteiriça, misturados a elementos do rock alternativo e de várias brasilidades.

CONVIDADOS

O álbum traz ainda diversas participações especiais, com artistas de diferentes gerações da música sul-mato-grossense. São eles: Beca Rodrigues, Jerry Espíndola, Maria Alice, Rodrigo Teixeira, Ossuna Braza, Dovalle, Jimmy Andrews, Silveira e Franke. 

Em sua mais recente formação para o show “Tropicapolca”, Vozmecê conta com uma banda formada por Ju Souc (bateria), Paula Fregatto (guitarra), André Fattori (baixo), Gustavo Gauto (trompete) e Ossuna Braza (harpa paraguaia e charango boliviano).

Namaria e Pedro prometem a quem for ao espetáculo de lançamento de “Tropicapolca” uma experiência “exótica” com a nova música sul-mato-grossense, “dançante e crítica, em um remelexo filosófico pulsante e inovador”.  A conferir.