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Feminicídio Polícia prende suspeito de matar esposa com tiro na barriga O crime aconteceu na última quinta-feira, mas o homem só se entregou à polícia nesta segunda (30) 1 OUT 2024 • POR Alanis Netto • 09h15
  Marcelo Victor/Correio do Estado

A delegada Elaine Benicasa, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), confirmou na manhã desta terça-feira (1º) a prisão do homem de 54 anos suspeito de matar, com um tiro na barriga, a própria esposa, Jussara Pereira, de 60 anos.

O homem se apresentou na delegacia na última segunda-feira (30), quatro dias após o crime, e teve prisão preventiva cumprida.

Segundo Benicasa, o caso segue sendo investigado, já que os fatos "ainda estão sendo elucidados".

O que se sabe, até o momento, é que Jussara foi levada pelo marido à Santa Casa de Campo Grande na noite do dia 26 de setembro, uma quinta-feira. Ela havia sido baleada no abdômen e, após o início do atendimento médico, o homem fugiu do local, o que chamou a atenção da polícia.

Pouco depois de dar entrada no hospital, a mulher veio a óbito.

Durante as investigações iniciais, a polícia localizou nas proximidades da avenida Euler de Azevedo um revólver calibre .38 e um travesseiro manchado de sangue, utilizados pelo autor do crime.

Logo após a morte da idosa, familiares de Jussara estiveram na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para registrar a ocorrência.

NÚMEROS

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram que 23 mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 1º de outubro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

HISTÓRICO

Em 2023, 30 mulheres foram vítimas de femincídio no Estado. O ano anterior, 2022, havia sido o recorde no número de casos desde que a lei foi instituída, em 2015. Foram 44 vítimas registradas no sistema da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).

Em 2021, o Estado registrou 37 feminicídios. No ano de 2020, 41 mulheres foram mortas por serem mulheres. Em 2019, foram 30 vítimas; e em 2018, 36.

Em 2017, o número de vítimas foi de 33 mulheres. No ano de 2016, o Estado computou 36 feminicídios, e em 2015, 18.

DENUNCIE

Sem sair de casa:

Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.

O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

Registre a denúncia no site da Polícia Civil

Se não puder sair de casa ou usar o telefone, acesse o site www.pc.ms.gov.br, clique no link “B.O. ONLINE – DELEGACIA VIRTUAL” e, no Serviço ao Cidadão, clique em “REGISTRAR DENÚNCIA – Violência contra a mulher”, preencha os campos com as informações solicitadas (você não precisa se identificar). Nesse canal, também é possível fazer denúncia de violência contra criança e de violência contra pessoa idosa. 

É possível também fazer a denúncia online na Polícia Civil, por meio de aparelho celular, no aplicativo MS DIGITAL, no ícone Segurança. O aplicativo está disponível nas nas lojas virtuais para versões IOS e Android, o MS Digital foi desenvolvido para reunir o máximo de serviços públicos, ocupando pouco espaço nos aparelhos celulares. 

SE PUDER COMPARECER À UMA DELEGACIA, você fará o registro do boletim de ocorrência, narrando os fatos para a autoridade policial e dando início à investigação criminal.

Em Campo Grande, em caso de violência contra meninas (menores de idade) ocorrida no período noturno ou finais de semana, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada na Casa da Mulher Brasileira, faz o atendimento e posterior encaminhamento para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA) . 

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