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democracia Em visita a MS, cônsul dos EUA defende cumprimento de decisões judiciais Ao ser questionado sobre a polêmica da rede social X, Richar Glenn, cônsul-geral dos EUA em São Paulo, deixou claro que qualquer empresa precisa seguir as normas de um país democrático 1 OUT 2024 • POR Neri Kaspary • 19h52
Marcos Rodrigues, diretor do Correio do Estado, entrega a Richard Glenn um exemplar do livro com uma série de propostas para o desenvolvimento de Campo Grande  

Embora seja defensor da liberdade de pensamento e, principalmente, de expressão, o consul-geral dos Estados Unidos em São Paulo,  Richard Glenn, defendeu, nesta terça-feira (01), em entrevista ao Correio do Estado, a decisão judicial que tirou do ar a rede social norte-americana X (antigo Twiter).

Por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a rede social completou um mês fora do ar nesta segunda-feira (30). O serviço foi suspenso em decorrência do descumprimento de decisões do Supremo e por conta da falta de um representante legal da plataforma no Brasil. 

No Brasil há apenas dois meses, Richard Glenn, que anteriormente estava no Chile, deixa claro que “qualquer empresa precisa seguir as normas vigentes em uma nação democrática” e com a X não poderia ser diferente, enfatiza, sem entrar no mérito se o ministro ou o empresário sul-africano Elon Musk está certo. Se um magistrado decidiu, a ordem precisa ser cumprida, enfatizou. 

Diplomata de carreira há mais de 25 anos, Richard foi  Encarregado de Negócios e Ministro Conselheiro na Embaixada dos EUA em Santiago, Chile, e por conta disso fez questão de manifestar sua surpresa com o potencial que Mato Grosso do Sul tem para  produção de celulose. A chilena Arauco está investindo R$ 25 bilhões em uma fábrica de celulose em Inocência.

E, como antigo encarregado de negócios e com viagem prevista a Bonito em janeiro de 2025, o cônsul deixou claro que neste ano em que se comemora o bicentenário das relações entre Brasil e Estados Unidos, os norte-americanos estão centrados em incentivar o que classificou como “prosperidade sustentável, que protege o meio ambiente e o trabalhador”. 

De acordo com ele, embora a China tenha se tornado disparadamente o principal parceiro comercial do Brasil, as exportações brasileiras para os EUA garantem a geração de 500 mil empregos para os brasileiros. As importações, por sua vez, são responsáveis por 100 mil vagas de trabalho nos EUA. 

Agenda

Além de visitar o Correio do Estado, nesta terça-feira o cônsul também passou pelo Bioparque Pantanal e conheceu os trabalhos do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) no Brasil, uma parceria para o tratamento de pessoas com HIV. 

A cargo da secretaria municipal de saúde, Campo Grande é uma das cinco capitais brasileiras que conta com o apoio norte-americano para expandir os programas de monitoramento , avaliações e acompanhamento  epidemiológico de HIV, segundo a assessoria do consulado. 

Nesta quarta-feira, Richard Glenn terá encontro como o governador Eduardo Riedel, no qual devem ser discutidas novas parcerias para ampliar as parcerias comercias com os EUA.