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AGENDA CULTURAL Longa de animação, show de blues, single e clipe de artistas de MS estão na programação Longa de animação, com enredo no interior de Minas Gerais, apresenta uma androide que conquista o direito de adotar duas crianças; show de blues, single e clipe de artistas de MS também são destaques 4 OUT 2024 • POR Da Redação • 10h00
O desenho animado do diretor mineiro Igor Bastos discute, de forma leve e bem humorada, inteligência, família e outros temas; classificação indicativa: 10 anos   Foto: Divulgação

Como a inteligência artificial vai afetar a forma como nos organizamos enquanto sociedade? Como a nossa família mudou e ainda vai mudar no decorrer do tempo? E como isso afetará as nossas relações? São perguntas que atravessam o enredo do longa-metragem de animação “Placa-Mãe”, uma das estreias da semana no circuito exibidor de Campo Grande.

No enredo, que se passa em um futuro próximo, no interior de Minas Gerais, Nadi, uma androide com cidadania brasileira, conquista o direito de adotar duas crianças, David e Lina.

Selecionado para festivais dentro e fora do Brasil, e premiado em Havana (Cuba) e em Nova York (EUA), o filme do diretor Igor Bastos, embora tenha seu público-alvo dentro da faixa etária de 9 anos a 12 anos, tem força – não somente temática, mas também pelo envolvimento da narrativa – para agradar pessoas de várias idades, misturando ficção científica e fantasia com melodrama em seu argumento. Milton Nascimento, Caetano Veloso, Leo Henkin, The Coaster, Nico Nicolaiewsky e Caxambus.

“Eu defino o filme carinhosamente como sci-fi da roça. Queria pensar em uma Minas Gerais do futuro, algo que a gente não tem imageticamente definido. Isso representou um desafio, porque a ideia de futuro está sempre ligada a algo meio apocalíptico ou oriental, com aquele tanto de LED”, diz Igor Bastos, que fez questão de convocar crianças mineiras para elenco de vozes, com o objetivo de literalmente reforçar o sotaque local de seu trabalho.

SILVEIRA

“Eu Quis Lutar Contra o Amor”, novo single e clipe do cantor e compositor sul-mato-grossense Silveira, já está disponível em todas as plataformas digitais. O clipe é resultado do projeto contemplado pela Lei Paulo Gustavo e aprofunda o resgate da ancestralidade do artista. A faixa traz a força da soul music com uma sonoridade que dialoga com artistas como Liniker, influências do samba, como Martinho da Vila e Alcione, e a mistura com o R&B que apresenta a particular identidade musical de Silveira.

O clipe, carregado de simbologia e referências, foi gravado na Casa do Artesão, tem coreografia assinada pela artista da dança Rose Mendonça, que também dança na obra. A direção é de Manu Komiyama. O lançamento integra o projeto AfroAfetos.

A jornada musical de Silveira começa em 2019, quando suas composições começam a ganhar os palcos e resultam em seu primeiro projeto autoral, gravado em 2022, ao vivo, na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas. Intitulado “Silveira Ao Vivo no Som da Concha”, o álbum contém oito faixas inéditas que foram disponibilizadas em todas as plataformas de música nesta semana.

LECA

Quem também está lançando material novo é Leca Harper & A Cozinha Cabeluda. O single “Sem Lados”, com participação de Karina Marques e General R3, é “um grito por tolerância em tempos de polarização”, como diz Leca. “Queremos lembrar que, apesar de nossos diferentes pontos de vista, é essencial praticar o respeito e a tolerância. Não precisamos escolher lados, podemos construir um caminho de união”, declara Leca. Adilson Big Fernandes (BCompany Studio) assina a gravação e a finalização.

LUIS AVILA 

A Choperia Canalhas (Rua Oceano Atlântico, nº 99, Chácara Cachoeira) recebe amanhã, a partir das 19h, o bluesman de MS radicado em Londres Luis Avila, com o show “Mato Grosso do Blues”, um dos destaques do 10º Bonito Blues e Jazz Festival, realizado em 2023. Os ingressos podem ser comprados por R$ 15 no Sympla e na entrada do evento. A renda será revertida ao tratamento de Rosângelo Nascimento, mais conhecido como Nasci Rock, que sofre de uma doença degenerativa na coluna que o impede de andar.

O show também marca o lançamento digital do álbum “Blues e Sonhos no Rio dos Tuiuiús”, de José Boaventura, primeiro disco de blues da música sul-mato-grossense, produzido em 2002. O músico faleceu em 2005 e a obra ainda não tinha sido lançada nas plataformas digitais.

“O rock e o blues de Mato Grosso do Sul têm uma consciência e se destacam por estabelecer essa relação de parceria com os fãs. O Nasci já ajudou muito esse universo e agora é uma forma de gratidão ajudá-lo por tudo que ele vem passando”, reforça Avila.

Jerry Espíndola, Marcelo Rezende (Bêbados Habilidosos), Clayton Sales, Rodrigo Mr. Blues, Leca Harper, General R3, Adilson Big Fernandes, João Ricardo e Renan Heimbach vão fazer participações especiais. Já a banda principal é formada por Luis Avila na guitarra e vocal, Luciano de Sá no contrabaixo, Zé Fiuza na bateria, Felipe de Castro no piano e teclados e Anderson Rocha na guitarra.

COMÉDIA FÍSICA

O Sesc Teatro Prosa apresenta hoje (às 19h) e amanhã (às 16h), com entrada franca, o circo-espetáculo “Herolino, o Faxineiro”, por Erickson Almeida (SP). Trata-se de uma comédia física, sem o uso da palavra, em que toda a construção cênica passa pelo olhar do palhaço.

“De forma lúdica, cômica e genuína, convida o público a se conectar com o estado do brincar e a embarcar nessa história que mostra quão interessante e divertida pode ser a vida quando ressignificamos o nosso olhar sobre o cotidiano”, diz a sinopse.