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prejuízo milionário ao narcotráfico Polícia descobre 500 kg de cocaína em imóvel na fronteira Agentes da Defron apreenderam 250 kg de cocaína e 250 de pasta base em Ponta Porã, fronteira com o Paraguai, nesta sexta-feira 5 OUT 2024 • POR Neri Kaspary • 08h40
Traficante que estava preparando o entorpecente para ser despachado de Ponta Porã foi preso em flagrate pelo Defron  

Depois de um trabalho investigativo que se estendeu durante semanas em Ponta Porã, integrantes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) apreenderam meia tonelada de cocaína na tarde desta sexta-feira (4) na cidade que faz fronteira com o Paraguai. 

Um homem, identificado apenas como  A.S.F.S, foi preso em flagrante. Ele foi abordado do lado externo de um imóvel que estava sendo vigiado fazia pelo menos seis horas nesta sexta-feira. 

Segundo as informações iniciais, ele permitiu a entrada dos policiais e eles acabaram encontrando 250 quilos de cocaína pura e outros 250 de pasta base de cocaína. 

O local levantou suspeita dos investigadores por conta da altura dos muros, dos grandes portões eletrônicos e da movimentação atípica para aquela rua, Vasco da Gama, no Bairro Primavera. 

Conforme informações policiais, o homem preso estava com as mãos sujas de graxa, indicando que possivelmente esta preparando o carregamento para ser enviado para São Paulo ou outro grande centro urbano. A graxa, acredita a policia, seria para dificultar a identificação por cães farejadores. 

Ainda de acordo com os investigadores, o prejuízo aos criminosos foi estimado em cerca de R$ 31 milhões. 

BALANÇO

Desde o começo do ano, conforme dados disponíveis no site da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, 12 toneladas de cocaína haviam sido apreendidas em Mato Grosso do Sul até esta sexta-feira. No ano passado, no mesmo período, haviam sido interceptadas em torno de 14,5 toneladas. 

Estes números, porém, não representam a totalidade da droga interceptada no Estado, pois não contabilizam as apreensões feitas pela Polícia Federal ou aquelas feitas pela Polícia Rodoviária Federal e que são entregues em alguma delegacia da PF. E é justamente a PRF que é a responsável pelos maiores volumes de cocaína apreendidos historicamente no Estado.