As eleições municipais deste domingo (6) registraram uma pequena queda, em relação ao pleito de 2020, na abstenção -aqueles eleitores que não foram votar-, quebra em uma subida que vinha desde 2004. Na disputa atual, 21,7% dos eleitores aptos a votar não comparecem às urnas. Em 2020, o valor foi de 23,1%.
Atribuiu-se a abstenção de 2020, a maior registrada neste século, à pandemia da Covid-19. Apesar disso, quatro anos depois, na eleição atual, observa-se uma queda não muita expressiva.
A queda no país como um todo reflete o panorama visto na maioria das capitais brasileiras. Somente quatro delas -Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá e Manaus-- apresentaram crescimento, ainda que tímido, de abstenção em relação às eleições de 2020.
Em São Paulo, após eleições seguidas, desde pelo menos 2012, de crescimento no percentual de eleitores que se abstiveram de votar, o valor se manteve praticamente inalterado. Com uma pequena oscilação para cima, a taxa de abstenção saiu de 27,3% em 2020 para 27,34% no pleito atual.
O número de pessoas que deixou de votar em São Paulo --2.548.857-- é maior do que o número de votos recebido por Ricardo Nunes (MDB) --1.801.139- e por Guilherme Boulos (PSOL) --1.776.127--, candidatos que disputarão o segundo turno na capital paulista.
O Rio de Janeiro teve uma queda na abstenção, saindo de 32,79% na eleição de 2020 para 30,58% no pleito deste ano. A capital do estado do Rio de Janeiro reelegeu, no primeiro turno, o prefeito Eduardo Paes (PSD), com 60,47% dos votos válidos.
A maior queda de abstenções ocorreu em Fortaleza, de 21,84% na eleição passada para 15,52% na disputa deste ano. Foi, assim, a capital com menor abstenção no país.
Macapá (de 25,81% para 20,88%), Aracajú (de 25,07% para 21,14%), Teresina (de 20,03% para 16,54%), Boa Vista (de 23,93% para 20,79%), Palmas (de 23,26% para 20,15%) e Salvador (de 26,46% para 23,4%) são outros destaques na redução da abstenção em relação à eleição passada.
Porto Alegre, que sofreu com chuvas e enchentes devastadoras neste ano, foi outra capital a registrar queda na abstenção, apesar de manter números elevados. Em 2020, se abstiveram de votar 33,08% dos eleitores aptos. Neste ano, foram 31,51%, e, de todo modo, foi a capital com maior percentual de ausência de eleitores.
(INFORMAÇÕES DA FOLHAPRESS)