O Brasil começou a extrair etanol em 1925, com o objetivo de amenizar a crise do açúcar e a dependência do petróleo importado. O grande boom do etanol no país aconteceu apenas na década de 1970. Nessa época, o etanol surgiu como alternativa de combustível, reduzindo custos.
A transição energética começou com o etanol, o Brasil é pioneiro em matriz energética limpa, e, continua produzindo soluções sustentáveis a partir das inovações do agronegócio nacional. O etanol produzido pela cana-de-açúcar emite, em média, 80% menos gases de efeito estufa do que a gasolina.
Agora temos uma nova solução vinda do agro, o etanol de milho. Já conhecido nos EUA como principal fonte de produção de etanol, nós nos tornamos os maiores exportadores de milho e agora um dos principais produtores de etanol do milho.
A produção brasileira de etanol de milho deve alcançar 6 bilhões de litros na safra 2023/2024, alta de 36% em relação ao ciclo anterior e de 800% nos últimos cinco anos, de acordo com projeções da União Nacional do Etanol de Milho (Unem). O crescimento da capacidade produtiva é resultante, principalmente, da ampliação do complexo industrial brasileiro – com evolução da quantidade de usinas – , adoção de tecnologias, aumentando o rendimento industrial, e maior demanda internacional por biocombustíveis.
O milho foi responsável por 15% de toda a geração de etanol no Brasil na safra 2022/23 e a estimativa da Unem é que o etanol de milho represente 20% do mercado de biocombustíveis no País até 2030.
O Mapa abaixo mostra onde estão as usinas de etanol de milho no Brasil, e Mato Grosso é o grande líder produtor, seguido de Mato Grosso do Sul com alta expansão das usinas.
De acordo com a Forbes o próximo ano safra de etanol deve iniciar com mais de 20 indústrias autorizadas para produção localizadas nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, duas a mais do que no ciclo 22/23.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), e considerando o Cenário Sustentável traçado internacionalmente, o consumo de biocombustíveis (incluindo etanol, biodiesel, biometano, óleo vegetal hidratado) poderá aumentar significativamente até 2030, o que exigiria um aumento de cerca de 165% na produção global desses produtos (Fava Neves, 2021; Figura 7).