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Artigos O empoderamento das mulheres Por Benedito Rodrigues da Costa, economista 18 OUT 2024 • POR Benedito Rodrigues da Costa - Economista • 07h45
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Elas já foram testadas nos três níveis de governo em nosso país. Agora, em nossa capital, estamos assistindo, pela primeira vez na história de Campo Grande, à disputa pelo comando da prefeitura entre duas mulheres. O que já confere uma certeza: teremos uma prefeita eleita pelo voto popular. Isso é inédito e só vem confirmar o empoderamento das mulheres, que poderão, finalmente, estabelecer uma nova maneira de administrar a cidade com a suavidade de um toque feminino.

Embora ainda de maneira tímida, as mulheres começam a assumir seu papel na política brasileira, situação essa que se materializa com o registro de suas candidaturas visando o comando das prefeituras municipais em todo o País. Trata-se de uma demonstração de independência e coragem, ingredientes necessários a um embate eleitoral, em que a disposição para a luta pode fazer a diferença, podendo se transformar em vitórias.

Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral efetuou um levantamento no cadastro dos eleitores brasileiros e fez uma constatação surpreendente: o número de mulheres já superava o número de homens, o que pode demonstrar o equilíbrio de forças no que tange à escolha dos candidatos, tanto a prefeitos como a vereadores.

Contudo, torna-se necessário que as mulheres vençam a barreira do preconceito e passem a acreditar que têm competência e capacidade para bem administrar suas cidades. São criativas e levam ao pé da letra o princípio da honestidade.

Basta um exercício de reflexão para constatar que a força física da qual o homem é dotado não é a condição essencial para bem administrar, pois tanto o homem como a mulher têm cérebros idênticos. Portanto, o poder de raciocínio se equipara. Deve-se ressaltar que as mulheres levam uma pequena vantagem sobre os homens quando se trata de sensibilidade, apenas uma questão de genética. Talvez, por uma questão cultural, as mulheres ainda não confiem inteiramente nas mulheres.

Trata-se de uma situação que somente o tempo se encarregará de mudar. Até porque as mulheres candidatas já se tornaram muito hábeis na maneira de transmitir suas propostas, fazendo-se entender por todas as camadas sociais de suas cidades, com muita firmeza e determinação, empolgando seus eleitores e eleitoras. Suas propostas conseguem atingir o público-alvo por meio de convencimentos recheados de emoções. Tudo isso, certamente, resultará em uma mudança de comportamento do eleitorado.

Esse acontecimento insólito, qual seja a disputa em segundo turno por duas candidatas, vai transpassar as fronteiras do nosso Estado e certamente servirá de paradigma para outras eleições. As nossas candidatas conseguem atrair a atenção do eleitorado, sabem se comunicar, têm propostas robustas e conhecimento de sobra. Fica até difícil fazer uma escolha, mas a voz do povo é a voz de Deus.